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Dia de Campo avalia desempenho de cultivares de batata-doce da Embrapa em assentamento
"Cultivo de batata-doce: cultivares, mudas e mercado" foi o tema do Dia de Campo realizado no dia 14 de agosto último, em área do Assentamento Chapadinha, Lago Oeste, região do Distrito Federal. A avaliação do desempenho das cultivares - em sistema orgânico de produção - Brazlândia Roxa, Brazlândia Rosada, Brazlândia Branca e Princesa (Embrapa Hortaliças), Beauregard (recomendada pela Unidade por seu alto teor de betacaroteno), BRS Rubissol, BRS Cuia e a BRS Amélia (Embrapa Clima Temperado), com a utilização de mudas com qualidade fitossanitária, e de uma variedade local, foi o principal objetivo do evento, incluído entre as atividades previstas no projeto "Desempenho Agronômico das Cultivares de Batata-Doce de Elevada Qualidade Fitossanitária da Embrapa em Diferentes Condições Edafoclimáticas".
De acordo com o pesquisador Geovani Amaro, responsável pelo projeto de batata-doce na Unidade Hortaliças, o plantio das mudas no assentamento teve início em janeiro, e a produtividade média foi de 16 toneladas por hectare, considerado "um pouco abaixo do esperado", fato que ele, em boa parte, atribuiu à escassez de chuvas no período. "O período chuvoso foi bem menor este ano, o que influenciou na produtividade, que atinge em média entre 16 a 20 toneladas por hectare, e que é considerada normal para a cultura", atesta o pesquisador.
Segundo ele, também fez parte das atividades um treinamento visando a produção de mudas com qualidade fitossanitária para formar multiplicadores entre os assentados locais. "Devido à importância socioeconômica da cultura, consideramos que ao agregar qualidade nas ramas os produtores vão colher materiais mais uniformes e assim obter melhores preços no mercado.
Com relação a outras atividades relacionadas a mais ações de validação, estão sendo avaliadas outras possibilidades como, por exemplo, a instalação de Unidades Demonstrativas na área agrícola de Jardim, também no Distrito Federal. Conforme Geovani, essa próxima etapa envolveria a avaliação das mesmas cultivares, só que produzidas convencionalmente. "Nesse caso, outros produtores estariam envolvidos no processo, pessoas que já estão inseridas na cadeia produtiva de batata-doce, isto é, comercializam a produção com atacadistas que revendem para o varejo", informa o pesquisador.
POTENCIAL
O potencial da cultura mereceu destaque entre os participantes do encontro técnico promovido pela Embrapa Hortaliças em 2012. Para a maioria dos produtores presentes no evento, a importância da batata-doce no Brasil poderia ser maior, bastando "maiores oportunidades de conhecimento, através de ações de capacitação, incentivos à produção, mais pesquisas e exploração de novos mercados".
Anelise Campos (27649 MTb/DF)
Embrapa Hortaliças
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