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Soluções para os gargalos do setor sucroenergético serão apresentados por empresas e instituições
Instituições e empresas que atuam no setor sucroenergético irão apresentar os principais gargalos que afetam a produtividade da cana em um dos painéis do Simpósio “Integração da Pesquisa Pública com Cana-de-açúcar no Brasil” que acontece no dia 15 de março, em Ribeirão Preto, em São Paulo. Entre os problemas estão a baixa pluviosidade em certos momentos do ciclo de produção da cana-de-açúcar, a contribuição da irrigação e a divergência sobre os custos do processo.
A moderadora do terceiro painel do Simpósio, Raffaella Rossetto, e pesquisadora da APTA/IAC, ressalta que, neste Painel “Sistema de produção atual e novas tecnologias para cana-de-açúcar”, serão discutidos os principais problemas e quais as ações que estão sendo feitas diante deles, buscando soluções especialmente para produtividade como também apontar os rumos para a pesquisa técnica e científica visando o desenvolvimento do setor.
De acordo com dados da Conab, estima-se para a próxima safra que a produtividade da cana-de-açúcar seja de 72,7 t/ha, valor 0,2% superior à safra anterior, decorrente da expectativa de recuperação das lavouras na região Norte-Nordeste. Na região Centro-Sul, principal produtora, a expectativa é que a produtividade se mantenha no mesmo índice da safra anterior, ou seja, mesmo com condições climáticas possivelmente favoráveis, a almejada produtividade de 3 dígitos é conseguida apenas em algumas Unidades produtoras, configurando específicos casos exemplares. Aliás, ao contrário do setor de grãos que tem apresentado ganhos significativos de produtividade, e mesmo com o desenvolvimento de tecnologia, a produtividade da cana não tem conseguido “decolar”, com resultados que eventualmente se elevam em determinada safra, e voltam a cair, mostrando-se ao final dos últimos dez anos, praticamente estagnados no mesmo patamar.
Concorrem para esse resultado desanimador, questões econômicas que levaram a baixos investimentos e anos de condições climáticas desfavoráveis. “O que podemos fazer para alavancar a produtividade da cana?. Essa pergunta é uma das que queremos discutir amplamente com todos os participantes, que poderão contribuir imensamente para que se chegue à alguma proposta de solução”, salienta. Além desses problemas já citados, Raffaella complementa que na safra passada também começou o aumento de algumas pragas e doenças que deixaram os produtores apreensivos. A mecanização será também abordada no painel. Sempre mais intensa, na colheita e no plantio, trouxeram num primeiro momento decréscimos de produtividade. Hoje, aliada com as novidades da agricultura de precisão apresentam vantagens para os ganhos de produtividade. Outro fator de produção que ganha relevância maior atualmente é a adubação e correção do solo, em função do aumento de custos desses insumos. O tema será debatido neste painel sempre aliado ao enfoque da produtividade e sustentabilidade. Finalmente, neste terceiro painel, serão apresentados dois casos de sucesso na produtividade da cana, exemplares no manejo e nas soluções adotadas pelas usinas - Agropastoril Campanelli e Casi – Condôminio Agrícola Santa Izabel.
As inscrições para esse simpósio são gratuitas, porém as vagas são limitadas a 350 participantes e podem ser feitas pelo site www.embrapa.br/simposio-cana
O Simpósio é uma realização da Embrapa, STAB, Programa Cana IAC, Ridesa, Projeto Pluricana/Finep, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Governo Federal. O Simpósio tem o apoio das empresas Buchi, UPL, Ourofino Agrociência, Racine, Case Agricultura, Biosul e Fundag.
Daniela Collares (MTb 114/01/RR)
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