Como o objetivo de discutir o papel do biodiesel no desenvolvimento econômico sustentável do Brasil e do mundo, teve início nesta segunda-feira (9) a II Biodiesel Week. A mesa de abertura contou com a presença do chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, que iniciou seu discurso afirmando que o Brasil e o mundo se movimentam para consolidar a moderna bioeconomia, modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos, com dois focos principais: substituir os combustíveis fósseis por renováveis e produtos químicos e materiais não renováveis por bioprodutos. O evento, online e gratuito, é uma realização da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) em parceria com a Embrapa Agroenergia e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). “Esse movimento é impulsionado por novas oportunidades de negócios que buscam explorar vantagens competitivas dos sistemas agroindustriais e da biodiversidade, e também as preocupações com o meio ambiente global”, disse Alonso. “Nesse sentido, os biocombustíveis, incluindo o biodiesel e outros biocombustíveis avançados, têm papel central na agenda de transição para economias de baixo-carbono, tendo em vista o fato de emitirem consideravelmente menos gases de efeito estufa em seu ciclo de vida”, afirmou. Alonso citou que, segundo estimativas do Ministério de Minas e Energia (MME), somente em 2020 e 2021 mais de 25 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na atmosfera pelo uso de biocombustíveis em substituição aos combustíveis fósseis de referência. “Isso demonstra o enorme potencial para a ampla disseminação dos biocombustíveis como estratégia de descarbonização, não apenas de nossa matriz energética e de transporte, mas também de nossa economia”, afirmou. O chefe-geral da Embrapa Agroenergia lembrou da importância de iniciativas do governo brasileiro como a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, que vincula a eficiência energética dos biocombustíveis às emissões de CO2, e mais recentemente o Programa Combustível do Futuro, que nasce com o objetivo de reunir diferentes iniciativas em curso no País nas temáticas de mobilidade, sustentabilidade e eficiência tecnológica. Para finalizar, disse que o País precisa investir continuamente em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. “O desenvolvimento de novas matérias-primas e de novos bioprocessos agroindustriais para produção de biodiesel e outros biocombustíveis garantirá, junto com outras ações em curso no Governo e no segmento produtivo, a continuidade da história de sucesso do Brasil com a produção e uso de biocombustíveis”, concluiu. Biocombustíveis são fortaleza da política energética do país, diz diretora da EPE Além de Alonso, participaram da mesa de abertura a Diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloísa Borges; o Presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés; o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Bastos; o Presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, Dep. Pedro Lupion e do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em mensagem gravada. Heloísa Borges iniciou falando do lançamento da “Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis Ano 2020”, documento que faz um balanço dos resultados do uso de biocombustíveis no Brasil e é uma referência para o setor. Além desse documento, ela afirmou que a EPE tem uma série de estudos relacionados a biocombustíveis, como um artigo que destaca o papel do biodiesel. “Enquanto combustível relativamente recente na matriz energética nacional, ele faz parte só há 15 anos, sabemos que neste curto espaço de tempo o biodiesel já supre 5% da demanda energética do País, um volume importante, resultado construído a partir da conjunção de uma série de políticas públicas”, afirmou Heloísa. Para a diretora da EPE, muito além de ser exclusivamente uma política energética, o RenovaBio é também uma política agrícola e social que ajuda o Brasil a alcançar cada vez mais objetivos. “Desde que a política foi criada, passamos de 20 para 69 cooperativas agrícolas que produzem matéria-prima para a produção de biocombustíveis, com visível aumento da renda familiar”, disse. Heloísa também destacou que o Plano Nacional de Energia (PNE) foi construído para atender principalmente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 7, da ONU, que é “garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos”. “Caminhamos para alcançar o nosso potencial energético, mas também a redução da pobreza, entre outros fatores. Os biocombustíveis são uma das fortalezas da política energética do Brasil”, concluiu. Juan Diego Ferrés destaca pilares do programas de biodiesel O Presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, destacou em sua fala de abertura os pilares do programa de biodiesel no Brasil, entre eles a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel de petróleo, atualmente na proporção de 10% (B10), e questões como a previsibilidade, leilões e qualidade do produto final. Ferrés alertou para a necessidade de evitar superficialismos nas discussões sobre o tema, atentando para questões técnicas e científicas. “Os biocombustíveis do futuro são uma fortaleza, mas precisamos tomar cuidado porque existe certo superficialismo nas discussões que não confirmam as expectativas que se criam”, alertou. Por fim, falou da trajetória que o Brasil precisa percorrer para superar as diferenças em relação aos países desenvolvidos. Secretário do Mapa destaca importância da agricultura familiar no contexto dos biocombustíveis Uma política energética, ambiental, social e agrícola. Assim o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Bastos, adjetivou a Política Nacional de Biocombustíveis, RenovaBio. Bastos destacou a importância da inserção da agricultura familiar no contexto dos biocombustíveis. Como desafios, citou a instituição do mercado livre, a integração da cadeia, questões de qualidade, e a estruturação da inteligência dos dados dentro do ministério. “Espero conseguir interagir com todos e avançar em discussões tão caras ao setor”, disse. O Presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, deputado Pedro Lupion, disse que a prioridade do momento é voltar para a mistura B13 e chegar no B15. Segundo ele, o Governo Federal está avançando nesse sentido. Brasil se destaca ao fomentar uso de biodiesel e etanol, diz ministro O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, encerrou a abertura da II Biodiesel Week em mensagem gravada, na qual afirmou que o Brasil se destaca ao fomentar em larga escala o uso de biodiesel e etanol. “Nesse sentido, o Renovabio, considerado hoje o maior programa do mundo de descarbonização, promove redução de emissões de gases do efeito estufa, incentiva a eficiência energética e traz estabilidade para o setor”, disse o ministro. Para Albuquerque, o mercado brasileiro de biocombustíveis evoluiu e atingiu a maturidade, com previsão de alcançar a produção de 9 bilhões de litros em 2023 e aumentar o percentual de mistura ao diesel de petróleo para 15%. Uma das conseqüências, disse o ministro, será a redução das importações de combustíveis fósseis do ciclo diesel. Por fim, falou do Programa Combustível do Futuro, criado este ano, e do protagonismo brasileiro na temática dos combustíveis sustentáveis e de baixo carbono, como o biodiesel, diesel verde e combustíveis sintéticos. “Criaremos as condições necessárias para a introdução do bioquerosene de avião na matriz energética do País”, prometeu, informando que o Brasil foi indicado pela ONU como uma das lideranças no diálogo de alto nível em energia e selecionado como país-líder em transição energética. A II Biodiesel Week vai até sexta-feira (13) e debaterá ainda os seguintes temas: O biodiesel no mundo; Qualidade do diesel ao consumidor – o valor além do preço, aspectos sociais, ambientais e de saúde pública; O mercado do biodiesel; Os biocombustíveis do futuro; além das Políticas Socioambientais e de Governança para Valorização da Indústria Nacional, a chamada ESG (Environmental, Social and Governance). Sobre o Biodiesel O biodiesel, combustível orgânico que utiliza na sua matéria-prima óleos vegetais, gorduras animais e óleos residuais, atualmente é misturado na proporção de 10% ao diesel de petróleo. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) já autorizou que este percentual passe a ser de 12% a partir de primeiro de setembro. Pela previsão legal, este índice deveria estar em 13%. Pelo cronograma estabelecido em lei, a mistura obrigatória deve atingir 14% em março do próximo ano e 15% em março de 2023. O biodiesel é um dos principais instrumentos do Estado brasileiro para atingir as metas de descarbonização da matriz de transporte e cumprir os acordos internacionais do clima assinados pelo Brasil, já que tem a capacidade de reduzir em até 80% as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, o biodiesel é um dos indutores do desenvolvimento nacional, com o aproveitamento, como matéria prima, do óleo de soja, um dos mais importantes itens produzidos pelo agronegócio brasileiro.
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Alexandre Alonso participou da abertura da II Biodiesel Week
Como o objetivo de discutir o papel do biodiesel no desenvolvimento econômico sustentável do Brasil e do mundo, teve início nesta segunda-feira (9) a II Biodiesel Week. A mesa de abertura contou com a presença do chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, que iniciou seu discurso afirmando que o Brasil e o mundo se movimentam para consolidar a moderna bioeconomia, modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos, com dois focos principais: substituir os combustíveis fósseis por renováveis e produtos químicos e materiais não renováveis por bioprodutos. O evento, online e gratuito, é uma realização da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) em parceria com a Embrapa Agroenergia e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
“Esse movimento é impulsionado por novas oportunidades de negócios que buscam explorar vantagens competitivas dos sistemas agroindustriais e da biodiversidade, e também as preocupações com o meio ambiente global”, disse Alonso. “Nesse sentido, os biocombustíveis, incluindo o biodiesel e outros biocombustíveis avançados, têm papel central na agenda de transição para economias de baixo-carbono, tendo em vista o fato de emitirem consideravelmente menos gases de efeito estufa em seu ciclo de vida”, afirmou.
Alonso citou que, segundo estimativas do Ministério de Minas e Energia (MME), somente em 2020 e 2021 mais de 25 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na atmosfera pelo uso de biocombustíveis em substituição aos combustíveis fósseis de referência. “Isso demonstra o enorme potencial para a ampla disseminação dos biocombustíveis como estratégia de descarbonização, não apenas de nossa matriz energética e de transporte, mas também de nossa economia”, afirmou.
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia lembrou da importância de iniciativas do governo brasileiro como a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, que vincula a eficiência energética dos biocombustíveis às emissões de CO2, e mais recentemente o Programa Combustível do Futuro, que nasce com o objetivo de reunir diferentes iniciativas em curso no País nas temáticas de mobilidade, sustentabilidade e eficiência tecnológica.
Para finalizar, disse que o País precisa investir continuamente em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. “O desenvolvimento de novas matérias-primas e de novos bioprocessos agroindustriais para produção de biodiesel e outros biocombustíveis garantirá, junto com outras ações em curso no Governo e no segmento produtivo, a continuidade da história de sucesso do Brasil com a produção e uso de biocombustíveis”, concluiu.
Biocombustíveis são fortaleza da política energética do país, diz diretora da EPE
Além de Alonso, participaram da mesa de abertura a Diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloísa Borges; o Presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés; o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Bastos; o Presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, Dep. Pedro Lupion e do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em mensagem gravada.
Heloísa Borges iniciou falando do lançamento da “Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis Ano 2020”, documento que faz um balanço dos resultados do uso de biocombustíveis no Brasil e é uma referência para o setor. Além desse documento, ela afirmou que a EPE tem uma série de estudos relacionados a biocombustíveis, como um artigo que destaca o papel do biodiesel. “Enquanto combustível relativamente recente na matriz energética nacional, ele faz parte só há 15 anos, sabemos que neste curto espaço de tempo o biodiesel já supre 5% da demanda energética do País, um volume importante, resultado construído a partir da conjunção de uma série de políticas públicas”, afirmou Heloísa.
Para a diretora da EPE, muito além de ser exclusivamente uma política energética, o RenovaBio é também uma política agrícola e social que ajuda o Brasil a alcançar cada vez mais objetivos. “Desde que a política foi criada, passamos de 20 para 69 cooperativas agrícolas que produzem matéria-prima para a produção de biocombustíveis, com visível aumento da renda familiar”, disse.
Heloísa também destacou que o Plano Nacional de Energia (PNE) foi construído para atender principalmente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 7, da ONU, que é “garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos”. “Caminhamos para alcançar o nosso potencial energético, mas também a redução da pobreza, entre outros fatores. Os biocombustíveis são uma das fortalezas da política energética do Brasil”, concluiu.
Juan Diego Ferrés destaca pilares do programas de biodiesel
O Presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, destacou em sua fala de abertura os pilares do programa de biodiesel no Brasil, entre eles a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel de petróleo, atualmente na proporção de 10% (B10), e questões como a previsibilidade, leilões e qualidade do produto final.
Ferrés alertou para a necessidade de evitar superficialismos nas discussões sobre o tema, atentando para questões técnicas e científicas. “Os biocombustíveis do futuro são uma fortaleza, mas precisamos tomar cuidado porque existe certo superficialismo nas discussões que não confirmam as expectativas que se criam”, alertou. Por fim, falou da trajetória que o Brasil precisa percorrer para superar as diferenças em relação aos países desenvolvidos.
Secretário do Mapa destaca importância da agricultura familiar no contexto dos biocombustíveis
Uma política energética, ambiental, social e agrícola. Assim o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Bastos, adjetivou a Política Nacional de Biocombustíveis, RenovaBio. Bastos destacou a importância da inserção da agricultura familiar no contexto dos biocombustíveis.
Como desafios, citou a instituição do mercado livre, a integração da cadeia, questões de qualidade, e a estruturação da inteligência dos dados dentro do ministério. “Espero conseguir interagir com todos e avançar em discussões tão caras ao setor”, disse.
O Presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, deputado Pedro Lupion, disse que a prioridade do momento é voltar para a mistura B13 e chegar no B15. Segundo ele, o Governo Federal está avançando nesse sentido.
Brasil se destaca ao fomentar uso de biodiesel e etanol, diz ministro
O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, encerrou a abertura da II Biodiesel Week em mensagem gravada, na qual afirmou que o Brasil se destaca ao fomentar em larga escala o uso de biodiesel e etanol. “Nesse sentido, o Renovabio, considerado hoje o maior programa do mundo de descarbonização, promove redução de emissões de gases do efeito estufa, incentiva a eficiência energética e traz estabilidade para o setor”, disse o ministro.
Para Albuquerque, o mercado brasileiro de biocombustíveis evoluiu e atingiu a maturidade, com previsão de alcançar a produção de 9 bilhões de litros em 2023 e aumentar o percentual de mistura ao diesel de petróleo para 15%. Uma das conseqüências, disse o ministro, será a redução das importações de combustíveis fósseis do ciclo diesel.
Por fim, falou do Programa Combustível do Futuro, criado este ano, e do protagonismo brasileiro na temática dos combustíveis sustentáveis e de baixo carbono, como o biodiesel, diesel verde e combustíveis sintéticos. “Criaremos as condições necessárias para a introdução do bioquerosene de avião na matriz energética do País”, prometeu, informando que o Brasil foi indicado pela ONU como uma das lideranças no diálogo de alto nível em energia e selecionado como país-líder em transição energética.
A II Biodiesel Week vai até sexta-feira (13) e debaterá ainda os seguintes temas: O biodiesel no mundo; Qualidade do diesel ao consumidor – o valor além do preço, aspectos sociais, ambientais e de saúde pública; O mercado do biodiesel; Os biocombustíveis do futuro; além das Políticas Socioambientais e de Governança para Valorização da Indústria Nacional, a chamada ESG (Environmental, Social and Governance).
Sobre o Biodiesel
O biodiesel, combustível orgânico que utiliza na sua matéria-prima óleos vegetais, gorduras animais e óleos residuais, atualmente é misturado na proporção de 10% ao diesel de petróleo. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) já autorizou que este percentual passe a ser de 12% a partir de primeiro de setembro. Pela previsão legal, este índice deveria estar em 13%. Pelo cronograma estabelecido em lei, a mistura obrigatória deve atingir 14% em março do próximo ano e 15% em março de 2023.
O biodiesel é um dos principais instrumentos do Estado brasileiro para atingir as metas de descarbonização da matriz de transporte e cumprir os acordos internacionais do clima assinados pelo Brasil, já que tem a capacidade de reduzir em até 80% as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, o biodiesel é um dos indutores do desenvolvimento nacional, com o aproveitamento, como matéria prima, do óleo de soja, um dos mais importantes itens produzidos pelo agronegócio brasileiro.
Irene Santana (Mtb 11.354/DF)
Embrapa Agroenergia
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