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Hortitec 2024: Embrapa disponibiliza conteúdos on-line sobre batata-doce
A Embrapa Hortaliças lança nesta quinta-feira (20/06), às 10h, o HUB de Batata-Doce dentro da plataforma Ater+Digital, na 29ª Hortitec, que ocorre de 19 a 21 de junho, em Holambra (SP). O novo serviço reúne conteúdos sobre a cultura em diversos formatos como cursos, publicações e vídeos úteis para favorecer as atividades de extensionistas e produtores rurais. Dividido em sessões, o HUB contempla informações sobre todas as etapas do processo de produção, desde a produção de mudas até a pós-colheita.
A plataforma já contempla outros oito temas sobre as cadeias produtivas agropecuárias e temas transversais, em um ambiente virtual robusto. A inclusão da cultura da batata-doce nesse projeto contribui para que os produtores tenham acesso aos principais resultados de pesquisa gerados para a cadeia produtiva.
No Brasil, a batata-doce vem ganhando notoriedade. A partir de 2012, quando a produção e o consumo começaram a aumentar. No artigo “Mudanças recentes no padrão de consumo da batata-doce no Brasil: perspectivas para o mercado nacional” foi apontado que o consumo teve um aumento de 13%, dos anos 2008-2009 a 2017-2018. Esse crescimento veio acompanhado por uma mudança na percepção de valor dessa hortaliça, que apresentou uma queda no consumo per capita entre as classes de renda mais baixas, tendo crescido entre aquelas de renda mais alta.
Pesquisas
Dados do IBGE/2022 mostram que o Brasil produziu 847,1 mil toneladas de batata-doce, alcançando uma produtividade de 14,5 toneladas por hectare. O Estado de São Paulo destacou-se em primeiro lugar com a produção de 160,5 mil toneladas, seguido pelo Rio Grande do Sul (155,1 mil toneladas) e Ceará (116,7 mil toneladas).
O programa de melhoramento genético da Embrapa Hortaliças vem atuando em várias frentes com o intuito de disponibilizar novas cultivares de batata-doce mais resistentes a doenças e pragas. O programa também prioriza a seleção de clones mais produtivos e precoces, sem deixar de lado o formato e a ‘aparência’ das raízes tuberosas, uma vez que o visual também é um critério na hora do consumidor escolher seus alimentos.
Para a responsável pelo programa, Larissa Vendrame, esses aspectos são importantes, com destaque para a produtividade da batata-doce que ainda está aquém (14,5 toneladas/ha), além de apresentar disparidade entre os estados. “Algumas ações podem contribuir para aumentar essa produtividade, como o uso de mudas com qualidade fitossanitária e pureza genética, além da inserção de tecnologias na produção”.
De acordo com a Faostat, os países que possuem as maiores produtividades são Guiana, Senegal e Austrália, com 103,4 t/ha, 44,3 t/ha e 39,7 t/ha, respectivamente. O Brasil ocupa a 14ª posição entre os países produtores de batata-doce. A China é o maior produtor com aproximadamente 46,6 milhões de toneladas registradas em 2022.
Participantes da Ater+Digital
Além da Embrapa, a Ater+ Digital também conta com a participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Gislene Alencar (MTB/MG 05653)
Embrapa Hortaliças
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