A cafeicultura, principalmente com a espécie Coffea arabica, historicamente, tem sido uma das mais importantes atividades agrícolas brasileiras. A espécie Coffea canephora, anteriormente considerada pouca expressiva, tem crescido em importância devido aos ganhos de produtividades, promovidos pela modernização tecnológica do parque cafeeiro, e, recentemente, ao incentivo à produção de cafés de qualidade, os chamados "robustas finos". Apesar das altas produtividades e rentabilidades obtidas, a eficiência do uso de novas tecnologias e insumos ainda podem ser otimizados, uma vez que os novos cenários mundiais para a cafeicultura demandam constantes ajustes no sistema produtivo visando ganhos constantes na eficiência econômica de todas as etapas dos sistemas de produção. Dentre essas etapas, destaca-se o uso de fertilizantes e das técnicas de fertilização, que, se utilizados racionalmente, podem contribuir tanto para minimizar os custos de produção como também para alcançar produtividades mais estáveis ao longo do tempo de vida útil das lavouras cafeeiras. Assim, esse projeto está focado na otimização do manejo nutricional de cafeeiros C. canephora, visando a obtenção de altas produtividades e eficiência de uso de fertilizantes.
As atividades serão desenvolvidas nos dois principais estados produtores desta espécie, Espírito Santo e Rondônia. Também serão utilizados dados coletados no sul da Bahia. Espera-se, com os resultados desta proposta de pesquisa, propor atualização do sistema de recomendação de adubação fundamentado na integração das análises de solo e foliar; viabilidade agronômica e econômica do uso de fertilizantes tradicionais e de eficiência aumentada, bem como do uso de fertirrigação no cultivo de C. canephora.