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Nova opção em mandioca de mesa mais produtiva e precoce foi apresentada a produtores do DF e Entorno
A recomendação de uso da cultivar de mandioca de mesa BRS 429, variedade de polpa de raiz amarela mais produtiva, precoce e com arquitetura de planta que favorece os tratos culturais e a mecanização, foi apresentada a mais de 200 produtores, técnicos e demais interessados em Dia de Campo realizado pela Embrapa Cerrados em parceria com a Emater-DF na Chácara Dom Custódio, em Novo Gama (GO), no dia 17 de agosto.
O evento contou com o apoio da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Fundação Banco do Brasil e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).
Sebastião Pedro, chefe geral da Embrapa Cerrados, afirmou, na abertura do evento, que a instituição trabalha buscando respostas às questões colocadas pelos produtores. Ele lembrou que o lançamento de uma cultivar de mandioca é resultado de um longo trabalho de pesquisa em melhoramento genético, com cruzamentos e seleções de plantas.
“Estamos lançando um material com características muito especiais, como polpa amarela, estabilidade de cozimento e alta produtividade. Com certeza, o trabalho de melhoramento genético participativo da Embrapa junto com a Emater-DF e os produtores fez a mandioca se tornar a segunda maior cultura do DF, atrás apenas do milho”, disse. “O Brasil caminha a passos largos para ser um dos grandes fornecedores de alimentos, fibras e bioenergia do mundo. E isso começa aqui, num dia como hoje”, finalizou, agradecendo à família Aquiles, proprietária da chácara, por acolher a realização do evento.
“A mandioca é um produto com alto rendimento e tem um valor que o mercado hoje reconhece. Você pode investir e consegue colher e ter rentabilidade. E a BRS 429 é uma mandioca que vale a pena produzir”, comentou Loiselene Trindade, diretora-executiva da Emater-DF, agradecendo aos produtores, extensionistas rurais e pesquisadores que contribuíram para o desenvolvimento de tecnologias em mandioca para a região.
Leonardo Zimmer, analista de gerenciamento de projetos do Sebrae-DF, lembrou o papel da instituição no fomento ao empreendedorismo urbano e rural e elogiou a iniciativa. “Todos os presentes aqui estão investindo em conhecimento, que é o principal fator que faz com que vocês consigam evoluir como empreendedores. Todo o conhecimento aqui presente é novidade”, afirmou.
Melhoramento genético da mandioca e a cultivar BRS 429
Segundo o pesquisador Josefino Fialho, da Embrapa Cerrados, a Unidade tem fortalecido a pesquisa com a mandiocultura desde 1990, buscando atender à demanda crescente da cadeia produtiva da região. “O produtor precisa aumentar o rendimento, os beneficiadores precisam de um material de ótima qualidade e o consumidor quer comprar uma variedade de mandioca com boas propriedades culinárias. Isso nos leva a trabalhar para gerar novas variedades com essas características”, explicou.
Fialho lembrou que em 2015 a Embrapa lançou seis variedades de mandiocas de polpa amarela, creme e rosada, mas o cenário atual do mercado, que demanda aumento da qualidade, exige novos materiais. “A mandioca de mesa tem que ter alta produtividade de raízes e qualidade culinária. Tínhamos que desenvolver variedades para o plantio mecanizado, pois os produtores estão ampliando as áreas e plantando com máquinas; que sejam responsivas à irrigação e tenham uniformidade de raízes. Mas para juntar todas essas características, tivemos que lançar mão do melhoramento genético”, disse.
Também pesquisador da Embrapa Cerrados, Eduardo Alano detalhou a pesquisa de melhoramento genético, realizada a partir de 2008, para a obtenção da cultivar BRS 429. Na época, os dois materiais mais plantados no DF eram a IAPAR 19 (Pioneira) e a IAC 576-70 (Japonesinha), cultivares de média a alta produtividade e de polpa das raízes de cor creme, que se tornava amarela no cozimento.
“Precisávamos desenvolver materiais mais amarelos que ambas e combinar o que as duas tinham de bom: produtividade e resistência à bacteriose, importante doença da cultura na época”, contou Alano, acrescentando que essas cultivares, por outro lado, apresentam marcantes diferenças entre si quanto à altura da primeira ramificação, à responsividade à irrigação, à estabilidade de cozimento e ao nível de dificuldade de colheita.
Do primeiro cruzamento entre as duas cultivares foram obtidas 15 mil sementes que originaram 15 mil plantas, que por sua vez eram descartadas quando não apresentavam polpa de raiz amarela, resistência à bacteriose e arquitetura ereta. Ao longo de cinco safras, foram acrescentados como critérios de seleção a produtividade, uniformidade de raízes e a estabilidade de cozimento.
Na safra 2013/14, os clones elite foram selecionados na Embrapa Cerrados, tendo sido validados em conjunto com outras unidades da Embrapa e testados durante quatro safras (de 2018 a 2021) por 23 produtores do DF e Entorno selecionados pela Emater-DF. Os agricultores tinham a mandioca como um dos carros-chefes das propriedades e avaliaram os clones em comparação com os materiais que já plantavam. “Queríamos ter a resposta de quem comercializava mandioca quanto ao desempenho dos materiais. Além disso, teríamos a resposta dos consumidores”, lembrou Alano.
Nas áreas desses produtores, que utilizam diferentes sistemas de produção – irrigado e sequeiro; orgânico e convencional – em diferentes tipos de solo, a média de produtividade de raízes em quatro safras foi de 51,1 t/ha, enquanto a do material testemunha ficou em 36,1 t/ha. A maior produtividade alcançou mais de 105 t/ha em um ciclo de 11 meses, contra 56,7 t/ha da testemunha. “Isso significa que a cultivar responde à melhoria do ambiente. Você pode adubar, que ela vai responder. Existe a genética, mas também existe o manejo da adubação e da irrigação, que é fundamental”, frisou o pesquisador.
Além do DF e Entorno, a cultivar já foi recomendada para cultivo comercial em São Paulo e no Paraná. Além disso, vem se destacando em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Roraima, Pará e Alagoas. Além da Emater-DF, as ações de pesquisa têm como parceiros a Emater-MG, a Emater Goiás, a Emater-MT, a equipe de pesquisa Simanihot, a Fundação Banco do Brasil, o CNPq e a FAPDF.
Alano recomendou aos interessados em desenvolver projetos de plantio a compra de mudas certificadas produzidas pelas empresas licenciadas pela Embrapa. O produto é vendido livre de pragas e doenças para todo o Brasil. Os viveiros de mudas licenciados são:
Clona-Gen – (47) 3439-6607 e WhatsApp (47) 99784-4023 e-mail comercial@clona-gen.com.br
Vivetech Agrociências – (45) 99916-1488 e-mail vivetech.agro@gmail.com
Benedito Dutra Luz de Sousa – ME (91) 98876-4760
Manejo da broca-das-raízes
Charles Martins de Oliveira, pesquisador da Embrapa Cerrados, abordou a identificação, a bioecologia, os danos e o manejo da principal praga da mandiocultura no DF e Entorno e em outras regiões: a broca-das-raízes. O primeiro relato da praga ocorreu em 2009, quando foram identificadas raízes com sintomas de podridão e, no interior delas, larvas brancas. As larvas foram criadas em laboratório e se tornaram besouros de 8 mm pertencentes à família Curcolionidae, tendo sido encontradas as espécies Eubulus cf. elongatus e Eubulus sp. (uma nova espécie).
A fêmea da broca, utilizando o aparelho bucal, faz um buraco na casca da mandioca e coloca os ovos, que ficam incubados por 16 dias. Deles saem larvas que imediatamente furam a casca da mandioca e começam a se alimentar da raiz. Depois de aproximadamente 54 dias, a larva se transforma em pupa, que após cerca de 13 dias se torna o besouro adulto, capaz de viver mais de cinco meses. “A única dessas formas que vai nos causar problema são as larvas. Os adultos só se acasalam e colocam mais ovos”, explicou o pesquisador.
Em estudo de monitoramento dos adultos e das larvas realizado ao longo de um ano na Embrapa Cerrados, foi observado que a partir do terceiro até o sexto mês da cultura, a população de insetos adultos começa a aumentar e atinge o pico no nono mês, decrescendo posteriormente. Já as larvas começam a aparecer no quarto mês, alcançando o pico populacional no sétimo mês da cultura, quando as raízes já estão desenvolvidas. “As larvas criam galerias na polpa da mandioca. Mas o problema não é o que elas comem. Pelos buracos que elas abrem, penetram fungos e bactérias, e aí a mandioca apodrece”, disse Oliveira.
Outro estudo avaliou o nível de dano da praga em quatro plantios consecutivos feitos em diferentes épocas numa mesma área com histórico de ataques. No primeiro plantio, em fevereiro de 2016, 86% das raízes, em média, haviam sido atacadas pela broca, e a produtividade foi de 5,5 t/ha. No segundo, em março de 2017, 93% das raízes haviam sofrido ataque, com produtividade de 1 t/ha. No plantio realizado em maio de 2017, 97% das raízes foram atacadas (produtividade de 0,1 t/ha) e, em dezembro do mesmo ano, 100% das raízes foram acometidas, com zero de produtividade.
“Isso mostra que não podemos plantar mandioca o tempo todo na mesma área e consecutivamente, porque isso aumenta a população do inseto. A rotação de culturas para quebrar o ciclo da praga é importante”, comentou o pesquisador, acrescentando que não há inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle da broca-das-raízes da mandioca.
“A larva fica debaixo da terra, dentro da mandioca. Não adianta aplicar inseticidas sobre o solo ou por meio da irrigação, não vai atingir a praga”, salientou Oliveira, apontando que o manejo recomendado envolve a antecipação da colheita; a rotação de culturas, já que, até onde se sabe, outras culturas não abrigam o inseto; a eliminação dos restos culturais; e o controle biológico, que tem sido testado pela pesquisa.
Segundo Oliveira, existem fungos que atacam o besouro, mas testes em laboratório indicaram baixa mortalidade da praga. Como possível alternativa de controle biológico, têm sido estudadas espécies de nematoides entomopatogênicos, que atacam insetos, mas não as plantas. “Eles têm uma bactéria no trato digestivo. Uma vez no solo, eles penetram as larvas pela boca. No interior da larva, liberam a bactéria. A larva fica doente, morre por infecção e o nematoide se alimenta da bactéria. Quando não há mais bactérias, o nematoide abandona essa larva e busca outra”, explicou.
Após testes em laboratório, foi feito um ensaio em campo com produtos formulados com quatro espécies de nematoides entomopatogênicos – Heterorhabditis bacteriophora, Steinernema carpocapsae, S. braziliense e S. rarum – alguns deles utilizados no controle do bicudo da cana-de-açúcar em São Paulo. Os produtos foram aplicados no solo de parcelas com mandioca na mesma área onde foram observados elevados níveis de dano pela praga. Após nove meses de cultivo, poucas raízes haviam sido atacadas.
“Surge a possibilidade de utilizar esses nematoides para controlar a broca. Mas isso ainda está em fase experimental. Se der tudo certo, será solicitado o registro junto ao Mapa para que os produtos possam ser utilizados (em mandioca)”, finalizou o pesquisador.
Manejo da irrigação e cobertura plástica
Os extensionistas rurais da Emater-DF Fabiano Carvalho e Kleiton Aquiles abordaram aspectos práticos da tecnologia de manejo de irrigação e o uso de cobertura plástica na produção de mandioca. Como o ciclo da cultura da mandioca de mesa varia, em média, de 10 a 12 meses, a irrigação suplementar se faz necessária durante o período de seca no Centro-Oeste do Brasil.
Para adequar a quantidade de água a ser irrigada, é preciso conhecer os estágios de crescimento da planta – inicial (do plantio até 60 dias), intermediário (60 a 150 dias após o plantio) e final (150 a 330 dias após o plantio). Kleiton Aquiles detalhou, para cada fase, a frequência dos turnos de rega e o coeficiente de cultivo para a determinação da lâmina d’água necessária para o aproveitamento máximo do potencial produtivo da lavoura.
A irrigação da mandioca pode ser feita por aspersão convencional ou por gotejamento ou microaspersão, que permite a fertirrigação. O extensionista falou sobre o uso desses tipos de irrigação no plantio da mandioca na chácara da família, especificando a determinação das lâminas de irrigação e o intervalo entre as irrigações, entre outros parâmetros, conforme a fase da cultura.
Já Fabiano Carvalho falou sobre os benefícios do uso de cobertura plástica nos canteiros, prática comum em cultivos como tomate, pimentão, folhosas e morango, cultura que antecedeu o mandiocal implantado na propriedade da família Aquiles. Ele citou os diferentes tipos de mulching (lona) que devem ser usados conforme a cultura e o período do ano. O canteiro também pode ser coberto com palhadas de milho, aveias, milheto, braquiárias, entre outras espécies de gramíneas. “A quantidade do material terá que ser adequada conforme o sistema”, disse.
As principais vantagens do uso da cobertura plástica são o controle de plantas invasoras, a diminuição da perda de água por evaporação e pela transpiração da planta, a manutenção da temperatura do canteiro e a menor demanda de mão de obra com capinas.
O sistema, que pode ser implantado de forma mecanizada, também favorece a rotação de culturas envolvendo a mandioca, sobretudo em áreas de elevada fertilidade; o aproveitamento de resíduos de adubação e dos sistemas de irrigação e de cobertura do canteiro já existentes; a diversificação da produção e a alta produtividade em comparação a outras variedades e técnicas de cultivo.
Os extensionistas mostraram, na lavoura da chácara, a profundidade efetiva de raízes considerada para a manutenção da umidade do solo, a forma de plantio das manivas-sementes em diagonal e como verificar o grau de compactação do solo, que pode ser descompactado com subsolagem ou o uso de plantas como o capim braquiária.
Cultivo da mandioca de mesa na região
Também extensionistas da Emater-DF, Antônio Carlos Mendes e Hélcio Santos apresentaram um panorama do cultivo de mandioca de mesa no Distrito Federal. Mendes citou os aspectos mencionados por 50 mandiocultores que influenciam na produtividade da cultura, entre eles a qualidade da maniva-semente, a escolha de variedades adaptadas, o preparo do solo, a adubação, a irrigação e o controle de pragas e de plantas invasoras.
No levantamento do extensionista, os principais motivos apontados para o plantio da mandioca no DF são a pouca exigência de mão de obra, o baixo custo de produção, a facilidade de comercialização, o bom rendimento e a tradição. “Isso é muito bom, mas se o produtor ficar estagnado nessas questões, vai permanecer com uma produtividade de 20 t/ha (a cultura tem potencial para 100 t/ha na região). Se ele não investir em tecnologia, não vai sair da mesmice”, alertou Mendes, defendendo que o produtor atribua à mandioca o status de hortaliça.
Segundo dados da Emater-DF, o Distrito Federal conta com 1.163 produtores de mandioca, sendo que 1.078 fazem o cultivo convencional e 85 o orgânico. É a segunda cultura em número de produtores, perdendo apenas para o milho (1.526). A área plantada em sistema convencional é de 870,71 ha, com produtividade de média de 18,7 t/ha, e de 43,46 ha em sistema orgânico, sendo a produtividade média de 19,3 t/ha. “Essas médias podem chegar, tranquilamente e em pouco tempo, em 30 t/ha”, afirmou o extensionista.
Mendes mostrou que o preço médio da mandioca de mesa na Ceasa-DF é relativamente estável, não tendo sido inferior a R$ 30 (caixa de 19 kg a 22 kg) nos últimos três anos. O preço médio da mandioca de mesa com casca convencional é atualmente de R$ 1,70/kg, enquanto o da orgânica é de R$ 3/kg. A receita bruta, com base nas atuais produtividades médias, é de R$ 33.525,24/ha (convencional) e R$ 57.917,64 (orgânica). O valor bruto da produção (VBP) de mandioca no DF, correspondente ao valor recebido pelos produtores, é de R$ 31,7 milhões.
“O DF ainda traz muita mandioca do Entorno e importa (de outros estados) muita mandioca descascada para o consumo direto. Há um espaço gigante para crescer. Há mercado, mas é preciso organizar a cadeia produtiva”, comentou.
Se os produtores já detêm o conhecimento da produção de mandioca, a gestão da cadeia produtiva, segundo o extensionista Hélcio Santos, é o que falta para produzir com qualidade e em maior quantidade. Ele recomendou que o produtor faça o controle de tudo o que é investido e realizado no processo de produção, pois isso facilita a intervenção dos técnicos para detectar problemas e propor acertos e melhorias.
“É preciso ter noção da cadeia produtiva, desde o plantio até a venda”, afirmou. Santos disse que a potencialidade de produção da BRS 429, a partir do verificado em avaliações em diferentes propriedades no DF, pode alcançar 71 t/ha, e a receita bruta anual pode chegar a R$ 120,7 mil/ha. “Se o produtor processar a mandioca, esse valor pode ser multiplicado por três”, disse, exibindo um pacote de 1 kg de mandioca amarela descascada e embalada a vácuo, proveniente de Goiás, vendido a R$ 7 em um supermercado de Brasília.
Cultivar será testada no Cerrado do Oeste baiano
Pedro Ovídio Tassi saiu de Barreiras (BA), onde é produtor e tem uma pequena agroindústria, para conhecer a cultivar de mandioca de mesa BRS 429 e verificar, no campo, o desempenho de outras variedades da Embrapa que havia conhecido quando os materiais ainda estavam em desenvolvimento.
A produtividade, a precocidade, o tempo e a uniformidade de cozimento das raízes ao longo do ano, bem como o sabor são algumas das características da nova cultivar que chamaram a atenção do produtor. “Ela responde muito bem à irrigação, que é o sistema usado no Oeste da Bahia. O porte ereto da planta favorece a colheita das manivas antes do arranquio. Além disso, a ausência de cinta nas raízes facilita a mecanização do descasque”, acrescentou Tassi.
Tanto a cultivar BRS 429 como outras cultivares de mandioca de mesa da Embrapa despertaram o interesse do produtor em testá-las na propriedade, onde ele planta, em 8 ha, cultivares locais de polpa branca, preferidas pelo mercado local para consumo in natura, e de polpa amarela, utilizadas na produção de mandioca palito pré-cozida. “Vamos implantar os primeiros canteiros para avaliar junto com a Embrapa o comportamento agronômico e de mercado. Acredito que as mandiocas de polpa amarela terão grande aceitação”, aposta Tassi, que além da BRS 429, vai experimentar as cultivares BRS 396, BRS 397, BRS 398 e BRS 399.
O produtor destacou a importância de ações de transferência de tecnologia como o dia de campo, o que, segundo ele, democratiza a tecnologia das novas variedades. “Isso é muito importante para o desenvolvimento da agricultura familiar com visão de agronegócio da atividade. A parceria da Embrapa com a Emater-DF e o Sebrae é uma lição sobre como conduzir esse processo”, comentou Tassi, que vê na mandiocultura nacional potencial para exportação de produtos.
Breno Lobato (MTb 9417-MG)
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