De acordo com o Censo Agrícola do IBGE de 2006, a área cultivada com lavouras temporárias no Brasil é de 43,3 milhões de hectares e, assim como outras atividades antrópicas, tem relação com as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e, consequentemente, com as mudanças climáticas. O projeto Fluxus Geo integra a rede de pesquisa da Embrapa denominada Fluxus - Dinâmica de Gases de Efeito Estufa e Balanço de Carbono em Sistemas de Produção de Grãos no Brasil, sendo responsável pelo mapeamento, espacialização e classificação dos sistemas produtivos de grãos. Com o advento dos sistemas WebGIS, um grande número de mapas interativos, facilmente manuseados pelos usuários, vem surgindo. O projeto atua na estruturação de uma plataforma online (WebGIS) na qual áreas amostrais, nos diferentes biomas, são delimitadas e servem como alvos de controle para o treinamento e validação de diferentes sistemas de classificação de uso e cobertura do solo a partir de sensores remotos. Desta forma, métodos capazes de mapear os diferentes sistemas produtivos de grãos estão sendo desenvolvidos. Como objetivo, o projeto prevê a organização de informações geoespaciais da rede Fluxus, quantificando e espacializando as áreas de produção de grãos no Brasil por meio de dados secundários e caracterização espectro-temporal dos diferentes sistemas de produção agrícola estudados. Métodos de mineração de dados como redes neurais, árvores de decisão e mapas auto-organizáveis (SOM) estão em teste, a fim de gerar classificadores capazes de identificar os sistemas de produção. Dentre os resultados, destaca-se ainda o desenvolvimento de um banco de dados geoespacial com a produção agrícola nacional, além de mapas de zoneamento agrícola do país como base para a avaliação regional das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agrícolas.