A segunda safra de cereais em uma única estação pode ser considerada uma das maiores inovações da agricultura brasileira. Além da geração de renda, contempla aspectos da eficiência do uso de insumos, recursos naturais, mão-de-obra e redução de defensivos químicos. Pode-se afirmar que o sistema de produção safra/safrinha é sustentável, contribuindo de forma expressiva para a segurança alimentar no país e no mundo. O milho segunda safra é o milho de sequeiro semeado de janeiro a abril, após a cultura de verão, na região Centro-Sul brasileira. Normalmente, a recomendação é que a semeadura do milho safrinha seja realizada o mais cedo possível, após a colheita da cultura de verão (geralmente a soja). No entanto, ocorrem semeaduras antes do início e após o término do período estabelecido em praticamente todas as regiões aptas ao cultivo do milho safrinha principalmente em função dos sistemas de produção ajustados regionalmente. Pretende-se, com este projeto, realizar uma série de ensaios contemplando aspectos agronômicos, edáficos, meteorológicos, econômicos e fitossanitários que, integrados às informações obtidas em propriedades rurais, possibilitem o desenvolvimento de modelos precisos que auxiliem nos processos de tomada de decisão quanto à escolha da cultura (milho ou sorgo), cultivares e nível tecnológico em função da época da semeadura na safrinha. Para alcançar esse objetivo, as Unidades da Embrapa Milho e Sorgo, Agrossilvipastoril, Agropecuária Oeste, Rondônia, Informática Agropecuária e Meio Ambiente – além de universidades e parcerias privadas – buscarão implantar nas mais importantes regiões de safrinha do país uma série de experimentos, por meio da execução de planos de ação multidisciplinares. A meta principal deste projeto é subsidiar o setor produtivo com informações que aumentem a eficiência produtiva da safrinha.