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Embrapa atua em parceria no Norte do Estado do Rio para recuperar pastagens degradadas
A expertise da Embrapa Agrobiologia na recuperação de áreas degradadas está sendo levada a Campos, no Norte do Estado do Rio de Janeiro, para a identificação da melhor metodologia e das melhores espécies para serem utilizadas em cerca de 40 mil hectares de reflorestamento. A iniciativa é da empresa Tree+, empresa do setor agroflorestal, que tem como pretensão reflorestar a área. “Nossa parte no projeto é selecionar espécies nativas e ver as melhores formas de plantá-las, para traçar orientações que possam balizar os plantios que virão nos próximos anos”, conta o pesquisador Eduardo Campello. Além da Embrapa Agrobiologia, também é parceira a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
A ideia é que, a partir das recomendações feitas pelos cientistas, não sejam cometidos erros no futuro e o solo possa se recuperar ao longo dos anos. “São áreas com solos pobres, sem vegetação, que já foram explorados para cana-de-açúcar e outras culturas. De modo geral, a vegetação e a situação é de pastagens degradadas, algumas até com problema de erosão superficial”, informa o pesquisador. A situação é consequência de anos do uso da terra para a cultura de cana-de-açúcar e para pastagens, o que provocou que a região tivesse sua cobertura vegetal bastante reduzida. Os remanescentes vegetais são fragmentados e apresentam alto grau de degradação.
O projeto-piloto, que está sendo implantado na microbacia do Córrego Azurara, em Campos, prevê o plantio de mais de 20 espécies nativas da Mata Atlântica, cujo desenvolvimento será avaliado nas condições atuais de solo e clima, com testes sob diferentes formas de adubação orgânica e inorgânica. Dentre as espécies estudadas estão angico branco, córdia, camboatá, grumixama, jenipapo, cambucá, ingá-do-brejo, sapucaia, entre outras.
A Tree+ também tem desenvolvido pesquisas junto com a Universidade de Viçosa para escolher clones mais adaptados à região para o plantio de árvores para fins comerciais. Assim, parte da área a ser reflorestada concentrará eucalipto, corymbia e palmáceas, com certificação FSC de sustentabilidade, e parte será preenchida com espécies da Mata Atlântica.
Liliane Bello (MTb 01766/GO)
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