Nas áreas produtoras de cajueiro do Nordeste, principalmente no Ceará, as principais pragas que vêm causando prejuízos aos produtores são a broca-das-pontas (Anthistarcha binocularis), a traça-da-castanha (Anacampsis phytomiella) e a mosca-branca-do-cajueiro (Aleurodicus cocois). O controle químico dessas espécies é o único utilizado pelos produtores. Contudo, nem sempre as pulverizações ocorrem com inseticidas registrados para a cultura. A indisponibilidade de tecnologias biológicas e/ou menos tóxicas para o controle das pragas no cajueiro é um problema que precisa ser mitigado para que o agricultor possa ter alternativas ao controle químico. Uma estratégia promissora para o monitoramento da broca-das-pontas e traça-da-castanha é a pesquisa e desenvolvimento de um produto baseado no feromônio sexual dessas espécies, que tem seus principais componentes já identificados, mas ainda não testados em campo. Para a mosca-branca-do-cajueiro, uma alternativa é a utilização do controle biológico com fungos entomopatogênicos, como exemplo a espécie Cordyceps javanica que tem exercido importante papel como agente de mortalidade natural da mosca-branca-do-cajueiro. Os estudos com essa espécie se encontram em fase final de desenvolvimento e está em processo de registro no MAPA pela empresa Lallemand do Brasil, com previsão de comercialização a partir de 2023. Diante desse cenário, o projeto se propõe a desenvolver opções para o monitoramento e controle das principais pragas do cajueiro, estabelecendo as bases para o monitoramento e controle das principais pragas do cajueiro por meio de armadilhas de feromônios sexuais e do controle biológico com fungos entomopatogênicos visando ao aumento da sustentabilidade na cajucultura.