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06/04/16 | Pesca e aquicultura
Pesca e aquicultura aproximam Embrapa Pantanal do IFMS de Coxim
Foto: Equipes IFMS/Embrapa Pantanal
Agostinho (à dir.) com professores do IFMS e integrantes da Colônia de Pescadores
A Embrapa Pantanal (Corumbá-MS) e o campus de Coxim do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS) estão em processo de aproximação institucional. O contato mais recente nesse sentido aconteceu no final de março e envolveu o pesquisador Agostinho Catella, da área de recursos pesqueiros.
O relacionamento começou a ser construído, no entanto, em outubro do ano passado, quando pesquisadores e docentes das duas instituições iniciaram uma série de visitas tendo em vista o desenvolvimento de um convênio de cooperação técnica.
O pesquisador Jorge Lara, da área de tecnologia de alimentos da Embrapa Pantanal, esteve em Coxim quando formatava uma rede de pesquisa em aquicultura envolvendo peixes nativos do Mato Grosso do Sul. Em seguida, os professores Sidnei Klein e Odair Diemer, do instituto, convidaram o próprio Jorge e a chefe geral da Embrapa Pantanal, Emiko Resende, para darem palestras em um evento do instituto.
Em dezembro, Sidnei e Odair, que são engenheiros de pesca, estiveram em Corumbá para se reunir com a equipe de pesquisadores que atua com pesca e aquicultura. Na ocasião, tiveram interesse em obter mais informações sobre o SCPesca/MS - Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul, coordenado por Agostinho Catella. A ideia era conhecer como são obtidos os dados por meio do sistema, para compatibilizar a coleta de dados da pesca que será efetuada por meio de um aplicativo que o IFMS está desenvolvendo.
Na semana passada, Agostinho retribuiu a visita ao IFMS-Coxim a fim de consolidar a orientação sobre a coleta de dados do SCPesca/MS e fez uma apresentação aos professores e alunos sobre o funcionamento do sistema. Ele também foi convidado pela equipe a conhecer não só as instalações próprias – onde funcionam cursos de graduação como química, tecnologia em alimentos e tecnologia em sistemas para internet – como a visitar a Colônia de Pescadores Profissionais de Coxim, onde esteve no dia 29 de março.
"Essa colônia está muito bem estruturada. Conta com uma fábrica de gelo, câmaras frias para estocar o pescado e uma estrutura de venda adequada para comercializar os peixes que são entregues pelos pescadores filiados", explicou o pesquisador.
Agostinho disse também que a equipe do IFMS estuda a possibilidade de implementar o curso de engenharia de pesca em Coxim. "É uma ideia muito interessante, pois vão formar mão-de-obra qualificada, produzir mais informações para o desenvolvimento e gestão da atividade e fortalecer as parcerias, o que é extremamente positivo para todos os segmentos da pesca no Estado", disse ele. O instituto já oferece o curso para formação de técnico em aquicultura e de qualificação profissional para piscicultor.
Polícia Ambiental
No dia 30, Agostinho promoveu mais uma etapa de capacitação da Polícia Militar Ambiental sobre o preenchimento das Guias de Controle de Pescado (GPSs), juntamente com Fânia Campos, fiscal ambiental do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). Eles já haviam realizado uma capacitação para os comandantes das diversas sub-unidades do 15º Batalhão da PMA em Campo Grande no dia 14 de março. Agora foi a vez de treinar os novos integrantes da corporação, juntamente com novos policiais federais e um membro da Armada Boliviana.
Cerca de 40 participantes acompanharam as explicações de Agostinho e de Fânia. Durante a capacitação, eles contextualizaram a pesca no Estado, descreveram como funciona o SCPESCA/MS e os principais resultados obtidos nestes 22 anos de funcionamento do sistema. Eles destacaram o papel fundamental da polícia ambiental na coleta de dados da pesca para o sistema. Essa coleta é efetuada a partir das informações registradas pelos policiais nas Guias de Controle de Pescado, no ato de vistoria do pescado apresentado pelos pescadores profissionais artesanais e amadores.
O pesquisador mostrou, também, resultados de uma avaliação recente sobre o preenchimento das guias, realizado pela estagiária de ciências biológicas Adriana Espinoza. Em geral, as guias são preenchidas de forma legível e apresentam consistência nos dados. Um problema detectado por Adriana foi o preenchimento incompleto: 54,5% das guias não estavam completamente preenchidas. Em função desses resultados, Agostinho orientou os novos policiais sobre como fazer o preenchimento correto e completo, mostrando, principalmente, a relevância desses dados para o SCPesca/MS e, consequentemente, para a produção de informações que vão subsidiar a gestão da pesca no Mato Grosso do Sul.
Ana Maio (Mtb 21.928)
Embrapa Pantanal
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