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08/03/18 |   Biotecnologia e biossegurança  Segurança alimentar, nutrição e saúde

Diretor de Inovação da FINEP visita a Embrapa

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Foto: Victoria Kortbawi (estagiária)

Victoria Kortbawi (estagiária) -

Na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, visitantes conheceram o Banco Genético e o Laboratório onde foram desenvolvidos os bioinseticidas

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 46 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, recebeu na tarde desta terça-feira, dia 06/03, a visita do Diretor de Inovação da Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (FINEP), Márcio Ellery Girão Barroso, e do Superintendente da Área de Planejamento, Rodrigo Fonseca. A visita foi acompanhada pelo Chefe-geral da Unidade, José Manuel Cabral, e pelo Assessor da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Evandro Holanda. O grupo conheceu as instalações do Banco Genético da Embrapa e o Laboratório de Bactérias Entomopatogênicas (LBE), onde são produzidos bioinseticidas contra diversos tipos de pragas e mosquitos.

O pesquisador Juliano Gomes Pádua apresentou o Banco Genético da Embrapa, uma espécie de "backup" que guarda atualmente 127.783 amostras de 1.019 espécies de alimentos, conservadas na forma de sementes. As novas instalações, inauguradas em 2014, podem armazenar até 800 mil amostras a uma temperatura de -20ºC, o que o torna o maior banco genético vegetal do Brasil e da América Latina, e o 5º maior banco do mundo. "Armazenar amostras de sementes é uma forma de garantir a segurança alimentar do Brasil e também do mundo, já que o nosso banco faz o intercâmbio de sementes com instituições de pesquisas de diversos países", explicou Juliano. A importância é tão grande que a Embrapa investe há mais de quatro décadas em pesquisas nessa área. Também são armazenados no Banco Genético recursos genéticos animais e de microrganismos, nesse caso, em botijões de nitrogênio líquido a 196º abaixo de zero.

Durante a visita, o Chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, José Manuel Cabral, falou sobre o trabalho desenvolvimento na Estação Quarentenária da Unidade, para onde são encaminhadas as sementes que vêm de outros países antes de serem definitivamente incorporadas ao Banco Genético. "Por questão de segurança, são feitas nove análises quarentenárias que evitam a entrada de pragas exóticas que possam contaminar as lavouras brasileiras. Desde que teve início esse trabalho, mais de 100 pragas foram retidas, o que evitou grandes prejuízos econômicos para a agricultura brasileira", afirmou.

O grupo visitou ainda o Laboratório de Bactérias Entomopatogênicas (LBE), acreditado pelo INMETRO nas normas BPL e ISO 17.025. Nesse laboratório já foram produzidos cinco bioinseticidas com empresas privadas à base de Bacillus thuringienses: o Bt-horus, para o mosquito da dengue Aedes aegypti (2005); o Ponto.Final, para as lagartas que atacam culturas agrícolas (2009); o Fim da Picada, para borrachudos (2010); o Inova-Bti (2016) e o Strike Bio-Bti (2017), estes últimos também para o controle do Aedes aegypti.

Irene Santana (MTb 11.354/DF)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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