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Encontro mostra experiência de produtor maranhense com ILPF
Acontece no próximo dia 26 de junho, em São Raimundo das Mangabeiras-MA, evento sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). Devem participar pesquisadores e analistas de transferência de tecnologias de diferentes Unidades da Embrapa, técnicos da extensão rural, produtores e outros profissionais ligados à agropecuária do Matopiba, região que abrange partes dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia e todo o Tocantins.
Estão programadas cinco estações técnicas. Na primeira, na segunda e na terceira, serão debatidos, respectivamente, os componentes florestal, agrícola e pecuário dentro do sistema ILPF. A quarta estação envolve visita às instalações e aos maquinários necessários para o sistema e, na quinta estação, haverá plenária sobre ILPF e Plano ABC.
Cláudio França Barbosa é analista de transferência de tecnologias da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), uma das unidades da empresa que atuam na região do Matopiba. A empresa vem trabalhando com Unidades de Referência Tecnológica (URTs) no Tocantins. Segundo ele, "as URTs nas propriedades rurais que a Embrapa Pesca e Aquicultura e o Ruraltins estão implantando no estado estão parcialmente consolidadas, ou seja, em uma primeira fase de capacitação de extensionistas rurais do Ruraltins por meio do projeto ABC TO. Algumas propriedades, distribuídas geograficamente por todo o Tocantins, incluíram em um planejamento plurianual participativo a integração dos sistemas de produção lavoura, pecuária e floresta em pelo menos uma de suas modalidades".
Atualmente, cerca de 10 propriedades, a maioria nas regiões Central e Sul do Tocantins, trabalham com ILPF sob a coordenação da Embrapa e do Ruraltins. Cláudio explica que "a predominância ainda é de integração somente dos componentes agrícola e pecuário, ficando o componente florestal com menor participação. No componente agrícola, há predominância das lavouras de soja e milho e, no pecuário, predomina a bovinocultura de corte".
O analista da Embrapa relata a importância de produtores rurais conhecerem experiências de outros produtores que deram certo. "No local do evento, o fato de os produtores visitantes conhecerem as experiências que deram certo, seus protagonistas, que trabalharam juntando pesquisa, extensão e aquele produtor rural anfitrião, lhe traz uma convicção das inúmeras possibilidades de adoção de tecnologias e processos produtivos em suas próprias fazendas. É importante porque (os produtores) observam o que deixaram de fazer em suas propriedades rurais e também o que lá fazem e não é feito ali. Conhecem o histórico, conseguem perceber situações desejáveis visualmente, além de ouvir os relatos das alterações ambientais, sociais e econômicas, em decorrência da experiência com ILPF, que ocorreram na propriedade visitada".
Encontros anuais – Um encontro desses será realizado a cada ano (até 2018) em cada um dos quatro estados que formam o Matopiba. Ao final do encontro no Maranhão, deve ser definido o local (qual URT será visitada) e a data do evento do próximo ano.
Esses encontros fazem parte de projeto da Embrapa que trabalha com transferência de tecnologias que utilizam ILPF no Matopiba. Além da Embrapa Pesca e Aquicultura, compõem o projeto na região outras três unidades: a Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI); a Embrapa Cocais (São Luís-MA); e a Embrapa Cerrados (Planaltina-DF). Assim como há ações no Matopiba, acontecem outras atividades, também relacionadas a transferência de tecnologias em ILPF, em diversas regiões do país.
Clenio Araújo (6279/MG)
Embrapa Pesca e Aquicultura
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