"A solução está na tecnologia", ressaltou o chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Manoel Moacir Costa Macedo, que apesar dos problemas enfrentados no campo, o crescimento na agropecuária cresceu 7%, em 2013, enquanto que a indústria cresceu apenas 1,3% e os serviços  2%.

Esse e outros dados, o chefe-feral da Embrapa apresentou durante o II Encontro Regional de Engenheiros Agrônomos do Nordeste e o XI Encontro Estadual de Engenheiros Agrônomos de Sergipe, no auditório da Aease, em Aracaju, dia 12 de novembro, último.

Manoel Moacir destacou as contribuições de pesquisa agropecuária da Embrapa Tabuleiros Costeiros, no Nordeste, tais como agroecologia, alimentos biofortificados, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), zoneamento agroclimático, inteligência territorial estratégica, Fixação biológica do oxigênio (FBN), adubação verde, convivência com a seca, controle biológico, aquicultura, intensificação ecológica, subistituição de monocultivos, melhoramento preventivo, banco genético e biodiversidade.  

O como o temal central do Encontro foi relativo à agrotóxico, alimentos e meio Ambiente, ele destacou também que mais de 500 tecnologias (produtos e serviços) são disponibilizadas pela Embrapa envolvendo o uso sustentável de agrotóxicos e práticas ecológicas e orgânicas, dentre elas o Sistema Integrado de Produção de Alimentos (Sisteminha da Embrapa), manejo integrado de pragas (MIP) com controle biológico e redução significativa de agrotóxico, equipamentos de aplicação mais seguro para o trabalhador (bicos de pulverização), softwares de fertilização, aplicação controlada de defensivos como o FertOnline, Gostas, AmbiTec-Agro, Planin, AdubaPasto e Água Cinzas, biofertilizantes (biogel), produtos de sanidade animal e vegetal (Curadermite, pasta bordalesa), sistemas de produção integrada (ILPF, Siagros, e outros) e sistemas de produção orgânica.

Do outro lado, ele abordou também a migração de trabalhadores do campo para a cidade, como um dos principais problemas na área. Entre 1991 e 2010, caiu de 74% para 58% a participação da família no campo além de 15% dos casais não terem filho, escasseando os sucessores em todas as regiões rurais no país. Somando a isso, os jovens estão deixando os campos e há um rápido processo de envelhecimento e de masculinização da população, especialmente no Nordeste rural.

No entanto, comparando 2006 com 1996, os dados mostram que enquanto o trabalho no campo diminuiu neste período de 31,3% para 22,3% devido a evasão de mão de obra do campo para a cidade, a tecnologia aumentou de 50,6% à 68,1%.

Apesar das dificuldades de mão de obra, a safra de grão saltou de 45 milhões de toneladas, em 1975, para 200 milhões, em 2014. O saldo da balança agrícola também mostram números expressivos. Eram de US$ 7 bilhoes em 1990 e em 2013, foi de US$ 83 bilhões. Além disso, o custo real da cesta básica caiu pela metade desde 1975. "Grande parde devido à tecnologia", ressaltou, o chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros.