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Tecnologias para gado de corte estão em maior feira para agricultura familiar do Estado
Foto: DMAguiar
Serão oficinas, todos os dias, sobre como o carrapato na propriedade rural pode afetar a produtividade do rebanho.
Mostra chega a 5a edição consolidada em Mato Grosso do Sul
Protocolo para fêmeas precoces, técnica de reprodução para touros jovens, cultivares de capins e leguminosas e controle de carrapatos: esse é o portfólio de tecnologias que a Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS) levará a edição 2024 da Tecnofam – Tecnologias e Conhecimento para a Agricultura Familiar. O evento será realizado no Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, em Dourados (MS), entre os dias 16 e 18 de abril.
Em oficinas, a campo, em palestras ou no estande, os técnicos e pesquisadores da Embrapa estarão presentes durante os dias do evento para atender os produtores do sul de MS. Com oficinas, todos os dias, o parasitologista Renato Andreotti e sua equipe voltam à Tecnofam para reforçar como o carrapato na propriedade rural pode afetar a produtividade do rebanho, e também trazer riscos à saúde humana e animal.
“É sempre importante ressaltar que dependendo do número de carrapatos, as perdas podem girar ao redor de 90 litros de leite por ano. Isso é muito para uma produção de pequeno porte”, destaca Andreotti. Cuidados para evitar a contaminação do produtor, tratamento adequado, orientações quanto à genética e manejo serão abordados nas oficinas.
Além desses laboratórios, como definiu Andreotti, haverá atendimento presencial com o pesquisador e os analistas Jacqueline Barros e Marcos Valério, a fim de verificar a resistência desses parasitas aos carrapaticidas, por meio de amostras. O serviço é gratuito e feito pela Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS). A busca por raças e cruzamentos mais produtivos implica no cruzamento com raças europeias, mais suscetíveis ao carrapato. Por isso, o controle dessa praga se faz cada vez mais importante.
Capins para pecuária de corte e leiteira
As cultivares forrageiras lançadas, recentemente, do extenso portfólio da Embrapa estarão à mostra. Os técnicos Joaquim Castilho e Haroldo Queiroz, veteranos de Tecnofam, vão apresentar as características dos capins e recomendações de uso.
No grupo dos panicuns, o capim BRS Quênia apresenta alta produção, forragem de qualidade e fácil manejo. O diferencial do material, em relação às cultivares Tanzânia e Mombaça, é a melhor arquitetura de planta, facilitando o manejo do pastejo.
Para solos de média a alta fertilidade, há a cultivar híbrida BRS Tamani. Seu porte baixo proporciona cobertura de solo e alto valor nutritivo. O capim tem bom estabelecimento quando implantado e elevada persistência nos períodos seco e chuvoso.
Com alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis, a cultivar de Panicum maximum BRS Zuri é outra opção para intensificar o sistema produtivo e em substituição ao Tanzânia em propriedades atingidas pelo fungo.
Já entre as braquiárias, o primeiro híbrido de braquiária da Empresa, a BRS RB331 Ipyporã, é fruto do cruzamento de Brachiaria ruziziensis (R) com Brachiaria brizantha (B) e reúne as melhores características de cada uma delas – resistência a cigarrinhas de uma B. brizantha e o alto valor nutritivo da B. ruziziensis.
Para o período seco e sistemas de produção integrados, há a cultivar Paiaguás, sendo de fácil utilização com milho safrinha e uma boa alternativa na entressafra da soja. Critérios como produtividade, vigor e produção de sementes são destaques, assim como resolver o problema do “boi sanfona”.
Mais antiga um pouco, mas muito adotada, a BRS Piatã é uma planta de porte médio e se destaca pelo elevado valor nutritivo e alta taxa de crescimento e rebrota, com sistema de manejo semelhante ao capim-marandu.
Além de panicuns e braquiárias, os estilosantes Campo Grande e Bela estarão pelos lotes. Joaquim e Haroldo abordarão o uso dos materiais para recuperação de solos, o fornecimento de nitrogênio para os sistemas produtivos e outras vantagens para os sistemas de produção familiar.
Reprodução animal e precocidade
O Protocolo Embrapa +Precoce P14, ou simplesmente, P14, é uma tecnologia que possibilita trabalhar com fêmeas bovinas da raça Nelore, com idade entre 12 e 16 meses de idade e com índices adequados de fertilidade e produtividade.
A precocidade é um dos mais importantes parâmetros de escolha para melhoria da qualidade da carne e de eficiência de sistemas de produção de bovinos de corte, porque além de ampliar a taxa de prenhez, acelera o alcance de peso corporal no início da idade reprodutiva.
Outro caminho para a fertilidade é o uso de sêmen refrigerado, indicado para touros jovens e que também favorece a taxa de prenhez. Diferente do sêmen congelado, colhido e mantido a -196 °C até seu uso; o refrigerado é colhido, diluído e mantido a uma temperatura de cinco graus até a inseminação. No estande da Embrapa Gado de Corte, Juliana Correa e Rodrigo Gomes, pesquisadores nessas áreas, estarão presentes para sanar dúvidas e oferecer orientações.
Tecnofam 2024
Nesta edição, as instituições e organizações envolvidas são: Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul); Movimento de Mulheres Camponesas (MMC); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Comissão Pastoral da Terra (CPT); Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Mato Grosso do Sul (Fetagri-MS); Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária e Ambiental (Fundapam); Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense (Copasul); Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS); Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran); Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems); Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS); Hospital de Amor – Dourados-MS; Banco do Brasil; Caixa Econômica Federal; Cresol; Sicoob; Sicredi; Associação dos Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul (APOMS); Sindicato Rural de Dourados; Sistema OCB-MS; Senar-MS; Sebrae-MS; Secretaria Municipal de Agricultura Familiar (Semaf)/Prefeitura Municipal de Dourados; Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer)/Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc)/Governo MS; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA); Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e Governo Federal.
Assessoria (.)
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