06/09/16 |   Mercado de Cultivares e Sementes

BRS Imponente é apresentada nesta terça (6) na 48ª Expofac

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Foto: Magda Cruciol

Magda Cruciol - Nova cultivar é recomendada para o estado do Pará

Nova cultivar é recomendada para o estado do Pará

A BRS Imponente, uma leguminosa, nova cultivar de feijão-caupi recomendada para o Pará, será apresentada aos produtores regionais nesta terça-feira (6) pela Embrapa Amazônia Oriental na 48ª Exposição Feira Agropecuária de Castanhal (Expofac), a partir das 9 horas, em um dia de campo na área do Modelo Rural - um espaço de dois hectares que reúne diversas atividades desenvolvidas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
 
A apresentação da cultivar colocará em destaque a importâncias das leguminosas na alimentação mundial, em sintonia com a proposta do Ano Internacional das Leguminosas instituído em 2016 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, ao longo de toda a Expofac (até o próximo dia 11, das 8 às 18 horas), a Embrapa apresentará em estande algumas outras tecnologias desenvolvidas pelo centro de pesquisa no Pará, entre estas o sistema produtivo Integração Lavoura-pecuária-floresta (ILPF), a cultivar de açaizeiro BRS Pará e a cultivar de cupuaçuzeiro BRS Carimbó. Haverá distribuição de mudas de andiroba, castanha-do-brasil, mogno brasileiro, acapu, marupá, cupuaçu, açaí, grumixama, jaca, mangaba, goiaba, pitanga (ginga), muruci e cacau. 
 

A nova cultivar

O feijão-caupi, conhecido no Pará como feijão-da-colônia, por ser leguminosa, é considerado fonte alimentar estratégica para as regiões Norte e Nordeste. A cultivar BRS Imponente, porém, lançada pela Embrapa em junho último com recomendação para o bioma Amazônia e o Cerrado, vai além disso:  suas características preenchem exigências do mercado externo para exportação, como grão claro e grande, hilo marrom claro, menos brilhoso, mais rugoso e menos oval do que o consumido no Brasil. 
 
O nível de proteína, de acordo com as especificações técnicas da cultivar, é 23% maior do que o feijão utilizado no mercado brasileiro. A presença de altos teores de ferro e zinco é também uma característica importante, já que supera as quantidades de minerais e nutrientes apresentadas pela BRS Novaera, lançada pela Embrapa em 2007 no Pará.
 
Outros diferenciais do feijão-caupi Imponente são o grão extragrande, classe comercial branca, subclasse comercial branco rugoso, porte da planta semiereto, nível de inserção das vagens acima da folhagem, ciclo de maturação precoce, alta produtividade de grãos e rápido cozimento.
 
Esta solução tecnológica adaptada ao Pará foi desenvolvida por meio do programa de melhoramento genético do feijão-caupi capitaneado pela Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI) em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental. 
 

O feijão-caupi

Conforme histórico do produto divulgado pela Embrapa, o feijão-caupi é uma leguminosa de origem africana que chegou ao Brasil trazida pelos colonizadores portugueses.  Plantada primeiramente na Bahia, logo se tornou um cultivo tradicional no Nordeste, sendo o ingrediente principal do acarajé e do baião-de-dois. 
"Com baixo custo de produção e boa adaptação ao clima tropical, o cultivo do feijão-caupi se espalhou para outras regiões do país", destaca o pesquisador Francisco Freire Filho. Na Amazônia, o feijão-caupi entrou pelo Pará, devido à migração de nordestinos que trouxeram consigo o hábito do plantio e consumo dessa leguminosa. 
 
Atualmente, o Pará possui 27,4 mil hectares de terras cultivadas com feijão-caupi, o que gera uma produção de 19,8 mil toneladas. Os maiores produtores são os município de Capanema, Tracuateua, Capitão Poço e Ipixuna do Pará. Essa produção atende a cerca de 15% do consumo de feijão-caupi no Estado. Ainda assim, 80% da produção paraense desse grão é exportada para outras regiões, principalmente para o Nordeste. 
 

O dia de campo

As palestras do dia de campo com pesquisadores da Embrapa iniciam às 9h20 da terça-feira, com Francisco Freire Filho e o produtor Benedito Dutra Luz de Souza falando sobre a produção da cultura do feijão-caupi. Em seguida, às 10 horas, Sônia Botelho fala sobre amostragem do solo para análise.
 
A partir das 10h20, João Elias Rodrigues aborda a resposta do feijão-caupi à calagem e adubação com fósforo e potássio. Logo depois, às 10h40min, Ruth Linda Benchimol e Alessandra de Jesus Boari falam sobre as doenças do feijão-caupi e seu controle. Por último, às 11h20, a apresentação sobre pragas do feijão-caupi e seu controle fica por conta de Roni de Azevedo. 
 

Izabel Drulla Brandão (Jornalista (MTb 1084/PR))
Embrapa Amazônia Oriental

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