A pesquisadora Juliana Freire foi recém nomeada coordenadora do comitê técnico de sementes florestais da ABRATES (Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes) para o período 2015-2017. Para a pesquisadora, a nomeação significa um reconhecimento profissional. "É também uma oportunidade de ampliar contatos, ter acesso a informações técnicas e políticas privilegiadas e tentar colocar em prática ideias que possam reduzir a burocracia do setor, aumentando a qualidade e o acesso às sementes florestais", complementa Juliana Freire.

Como coordenadora do comitê técnico, Juliana atuará no diálogo junto ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), propondo alterações na legislação sobre sementes e mudas florestais. A pesquisadora também pretende propor alternativas para simplificação do processo de credenciamento de laboratórios de sementes no Brasil, buscando ampliar o número de instituições para análise de espécies florestais. "Atualmente só existem dois laboratórios credenciados na região sudeste, nenhum na região nordeste, norte. A maioria dos laboratórios de sementes credenciados está na região sul do país, o que gera uma centralização e o encarecimento no controle de qualidade de sementes florestais comercializadas", explica.

A pesquisadora também tem como meta prioritária para os próximos dois anos  a elaboração de comunicados técnicos sobre espécies florestais dos diferentes biomas brasileiros em parceria com as Redes de Sementes. Capacitação em coleta, manejo e análise de sementes são outras prioridades da sua gestão à frente do comitê, assim como a definição da programação do Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Sementes Florestais, que é realizado bianualmente no Congresso Brasileiro de Sementes.

ABRATES
A associação é uma organização sem fins lucrativos, construída por profissionais da área e empresas ligadas ao setor agrícola, que visa impulsionar o desenvolvimento de tecnologias para o aprimoramento da produção de sementes no país. Entre seus principais objetivos estão o incentivo à publicação de trabalhos técnicos científicos, a divulgação de resultados de pesquisas em tecnologia de sementes e a atualização tecnológica dos profissionais de sementes. 

A pesquisadora da Embrapa Agrobiologia assume o comitê técnico juntamente com a nova diretoria da instituição que foi recém empossada e que tem como presidente o pesquisador da Embrapa Soja Francisco Krzyzanowski.