A castanha-do-brasil é fonte geradora de emprego e renda para milhares de trabalhadores rurais e urbanos da região amazônica. No entanto, problemas relacionados ao desmatamento, aos preços baixos e a falta de políticas para incentivo, têm reduzido a produção de castanha no país. Este fato, aliado a perda de competitividade em relação à produção e a qualidade do produto originado do extrativismo, aponta para a importância da introdução de castanhais cultivados ou enriquecimento de castanhais nativos.
A inexistência de variedades recomendadas para a castanheira faz com que os escassos plantios existentes para a mesma sejam efetuados com sementes coletadas em árvores cuja origem genética é desconhecida, o que colabora para a baixa produtividade de frutos. Sendo assim, pesquisas em melhoramento genético, visando o aumento da produtividade e da qualidade das castanhas são essenciais para a eficiente implantação de castanhais cultivados. É o caso do projeto “Melhoramento genético da castanheira-do-brasil para produção de frutos”, que busca selecionar genótipos de castanha-do-brasil e iniciar um programa de melhoramento para a produção de frutos.
Iniciado em 2016, o projeto irá avaliar, selecionar e disponibilizar genótipos superiores de castanha-do-brasil, visando aumentar a produtividade de frutos da castanheira na Amazônia brasileira.
Também viabilizará a formação de pomares de sementes clonais, para que, futuramente se tenha uma fonte de sementes com origem conhecida para produção de mudas, o que representa um passo importante para a produção de mudas em escala comercial e fortalecendo da cadeia produtiva da castanha-do-brasil.
Oito Unidades da Embrapa estão envolvidas no trabalho, que conta ainda com a parceria da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade do Estado do Mato Grosso (UFMT) e Universidade Federal do Pará (UFPA).