Considerada a maior reserva de diversidade biológica do mundo, a Amazônia é também o maior bioma brasileiro em extensão ocupando quase metade do território nacional (49,3%). Com base em suas características singulares e vulnerabilidade, torna-se cada vez mais clara a necessidade de fortalecer atividades produtivas que combinem melhoria de renda, inclusão social e uso adequado de seus recursos naturais. Entre suas principais atividades econômicas, o crescimento da agropecuária na Amazônia Legal tem sido bastante expressivo, sobretudo em estados como Rondônia, Mato Grosso e Pará. Todavia, esse desenvolvimento vem gerando impactos ambientais e sociais significativos e pouco reverteram em benefícios para a maioria da população rural, principalmente para os pequenos agricultores. Neste contexto, a extensão rural é frequentemente citada como o caminho mais coerente de apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar, mas para que o extensionista possa atuar de fato como um agente de transformação, é fundamental que ele esteja tecnicamente preparado para exercer suas atividades. Capacitar o extensionista de forma participativa e presencial será o cerne da presente proposta, sobretudo no que se refere às tecnologias voltadas para os sistemas agroflorestais, incluindo os sistemas ILPF, e a recuperação de pastagens degradadas. Como estratégia central do processo de capacitação, serão estabelecidas "Unidades de Aprendizagem" com a finalidade de popularizar e disseminar as tecnologias abordadas durante os treinamentos. Em suma, o presente projeto pretende consolidar e fortalecer a transferência de tecnologias voltadas para agricultura familiar na região amazônica, reduzindo-se assim os conflitos gerados entre a necessidade de conservação dos recursos naturais e a produção agropecuária nessas unidades agrícolas familiares.