A intensificação dos sistemas produtivos de milho tem aumentado a produtividade desse grão, principalmente por conta da aplicação de adubos nitrogenados, o que tem contribuído para o aumento da rentabilidade dos agricultores. Por outro lado tem-se maiores impactos ambientais, principalmente relacionados a maior emissão de óxido nitroso oriundos desses sistemas. Na tentativa de diminuir esse tipo de impacto, produtos químicos sintéticos estão sendo adicionados em pequenas quantidades aos adubos nitrogenados, de modo a atuarem nos principais processos responsáveis pelas “perdas” de nitrogênio no sistema solo-planta. Esses produtos são os inibidores de urease e de nitrificação.Paralelamente ao uso destes aditivos aos adubos nitrogenados, a inoculação de sementes de milho com bactérias fixadoras de nitrogênio surge como alternativa para diminuir as “perdas” e melhorar a eficiência da fertilização nitrogenada, contribuindo também para a mitigação das emissões de óxido nitroso do solo para a atmosfera.Embora alguns trabalhos tenham sido realizados no sudeste do Brasil para medir a eficiência dessas tecnologias para diminuir as emissões de nitrogênio dos sistemas agrícolas, é indispensável realizar esses testes para as condições edafoclimáticas do norte de Mato Grosso, sobretudo para os cultivos de milho em sucessão à soja, os quais recebem quantidades expressivas de nitrogênio e áreas cada vez maiores estão sendo cultivadas com estes grãos.A ureia é a fonte de adubo nitrogenado mais utilizado na agricultura por ter maior teor de nitrogênio em sua fórmula, por ser de mais fácil fabricação e, principalmente, por ter um preço mais acessível. A identificação de aditivos, ou da fixação biológica de nitrogênio, associada a esta fonte de nitrogênio que propicie maior eficiência agronômica e menor emissões de óxido nitroso, somadas de outros dados, permitiria indicar a melhor estratégia de manejo de adubação para assim alcançar sistemas produtivos do milho mais rentáveis para a nossa região. Isso beneficiaria nossos agricultores e, também, teríamos a real contribuição do milho oriundo do norte de Mato Grosso para as emissões de óxido nitroso no setor agropecuário brasileiro.Dessa forma, este trabalho baseia-se na hipótese de que os inibidores de urease e de nitrificação, e a fixação biológica de N, são alternativas para a mitigação das emissões de N2O de solos que recebem adubação nitrogenada (ureia) em cobertura no cultivo de milho em sucessão à soja na região norte de Mato Grosso.