Sistemas intensivos de produção beneficiam a proliferação de fitopatógenos e insetos-pragas polífagos por estender o período de presença hospedeira no campo.O controle químico de pragas e doenças é a principal ferramenta utilizada. Sendo assim, existe uma relevante preocupação dos impactos negativos da dependência excessiva de apenas uma estratégia de controle. Perguntas como: quais os efeitos do uso excessivo de fungicidas multissítios na microbiota do solo; e quais os níveis de metais (presentes no fungicidas multissítios) no solo podem causar toxicidade as plantas são algumas ainda sem resposta. Além disso, a dependência do controle químico pode selecionar populações de fitopatógenos e pragas resistentes aos grupos químicos mais utilizados.Portanto, é primordial que existam estudos de monitoramento da suscetibilidade de pragas e fitopatógenos aos principais grupos químicos, assim como estudos desses possíveis impactos negativos dos fungicidas multissítios. Além disso, que novas propostas de manejo de doenças e pragas comuns à soja e ao algodoeiro, integrando o controle químico ao controle biológico, sejam propostas. Este é, então, o objetivo geral do projeto.O projeto contém uma Solução para inovação que contempla atividades de pesquisa que forneçam informações sobre os impactos do uso de fungicidas multissítios na microbiota do solo, nos níveis de metais no solo e eficiência da combinação de controle químico com controle biológico da mancha alvo na soja e no algodoeiro. Uma segunda atividade será focada na integração de controle químico com controle biológico de pragas. Por fim, há uma atividade de monitoramento da suscetibilidade das principais pragas polífagas do sistema soja-algodão para potencializar o controle químico ao recomendar melhores rotações de inseticidas a populações resistentes a determinado ingrediente ativo.Espera-se com este projeto, gerar recomendações eficazes de manejo de pragas e doenças menos dependentes do uso do controle químico, contribuindo então para o alcance do objetivo de garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, conforme consta no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Fome zero e agricultura sustentável.