A produção mundial dos óleos extraídos da Palma de óleo (Elaeis guineenses Jacq.) cresceu mais de 300% nos últimos anos. No Brasil, a cultura passou por um ciclo de expansão, com aumento da área cultivada de 103 mil hectares em 2009 para 236 mil hectares em 2016. Apesar de 97% da produção ser destinada à indústria alimentícia, existe uma tendência mundial para aumento da aplicação do óleo em novos mercados, incluindo o energético. Diante das potencialidades da espécie como produtora de biomassa vegetal e suas vantagens comparativas, tais como cenário de franco crescimento da produção mundial, condições edafoclimáticas favoráveis da região de transição Cerrado - Amazônia para cultivo, além de possuir uma base socioambiental robusta, pretende-se recomendar parâmetros de referência para a cultura em região de transição de biomas Cerrado e Amazônia. Por meio de avaliações de produtividade de cachos frescos, rendimento de óleo, caracterização fotossintética das plantas sob estresse hídrico, desempenho comparativo de cultivares, manejo hídrico e estudo pormenorizado da qualidade do óleo e suas aplicações, atenderemos o propósito principal de trazer incrementos na produtividade média nacional e ampliação das funcionalidades do óleo. Será utilizado como base dois experimentos, em fase de produção, implantados no estado de Mato Grosso (Sinop e Rondonópolis) e uma equipe multidisciplinar (Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa Cerrados, UFMT, UnB, Embrapa Instrumentação Agropecuária, IMA e Embrapa Agrossilvipastoril). Desta forma, almeja-se que a produção brasileira de palma de óleo cresça de forma sustentável em novas regiões de cultivo, com benefícios ambientais, sociais e econômicos, que serão transmitidos aos produtos alimentícios, químicos e ao biodiesel produzidos a partir de seus óleos.