Este projeto foi desenvolvido com base nos resultados positivos da biomassa da cultura do capim-elefante como fonte alternativa de energia renovável. Genótipos dessa espécie foram selecionados para alta produção de biomassa e também foram associados às significativas contribuições da fixação biológica de nitrogênio na nutrição nitrogenada da cultura. Além disso, estudos preliminares mostravam que o balanço energético do capim-elefante é bastante elevado, podendo alcançar até 25 unidades de energia obtidas para cada unidade de energia investida em todo o processo, do plantio à destinação final.
Contudo, muito pouco sabia-se sobre o impacto da cultura no solo no que se refere aos estoques de carbono e nitrogênio, nem sobre sua eficiência energética comparada com as fontes tradicionais de energia, como gás e lenha natural. A percepção era de que a cultura favorece o acúmulo de carbono e nitrogênio do solo, contribuindo para mitigar o efeito estufa, mas havia a necessidade de avaliar também as taxas de emissão de gases de efeito estufa do solo, como CO2, CH4 e N2O, inclusive sob efeito da adubação com nitrogênio, para obter o balanço desses gases no sistema.
Com o intuito de avaliar o potencial de rendimento e a contribuição da fixação biológica de nitrogênio na nutrição nitrogenada da cultura, foram desenvolvidos experimentos de campo. As taxas de emissão de gases de efeito estufa foram avaliadas por meio de amostras retiradas das entrelinhas das plantas no campo. Além disso, foi avaliada também a eficiência energética da biomassa de capim-elefante comparativamente à do gás e da lenha natural empregados em uma indústria de cerâmica vermelha. Adicionalmente, foi avaliado o impacto econômico e ambiental dessa tecnologia.