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Pesquisador destaca contribuições da Embrapa para Canal do Sertão em AL
O pesquisador da Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) de Rio Largo da Embrapa Tabuleiros Costeiros Antônio Santiago participou, nesta segunda (6), da sessão especial realizada na Assembleia Legislativa de Alagoas para discutir a gestão e uso do Canal do Sertão.
Proposta pelo deputado Inácio Loiola (PDT), a sessão teve como objetivo promover o diálogo e a construção de projetos para o uso racional e sustentável das águas do canal, considerado a segunda maior obra hídrica do país.
Para Santiago, que já ocupou o cargo de secretário de Estado da Agricultura de Alagoas e lidera projetos de pesquisa sobre uso da água na agricultura, é fundamental que haja um plano bem definido para a gestão e o uso das águas do canal, com regras claras e transparentes e adequadas.
“Apesar da obra ainda não ter sido concluída, alguns produtores já vêm utilizando a água nas seções já implantadas. Se não houver um disciplinamento desse uso desde já, baseado em conhecimentos técnicos validados, as consequências ambientais e os danos ao solo podem ser muito caros e inviáveis de remediar, ou até mesmo irreversíveis”, alertou o pesquisador.
Santiago destacou que a Embrapa pode dar uma contribuição importante no Canal do Sertão, não apenas na construção de um plano de gestão hídrica, mas principalmente na oferta de capacitação de pequenos agricultores no uso adequado da água.
“A Embrapa tem condições de colaborar de maneira significativa nesse grande projeto, mas não será capaz de executar ou gerar impactos sozinha. É fundamental que somem esforços todos os parceiros envolvidos, entre os quais a Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (FAEAL), dos sindicatos, da Emater-AL, Sebrae e Secretaria da Agricultura”, destacou.
O pesquisador citou projetos já aprovados em que a Embrapa está inserida e que deverão contribuir para a melhoria das condições de uso da água do canal, como uma iniciativa em parceria com a Chesf para a capacitação de pequenos agricultores de municípios do Sertão Alagoano que margeiam a obra.
De acordo com o secretário de Infraestura, Maurício Quintella, até o momento cerca de 800 agricultores estão se beneficiando das águas do canal, que já conta com 110 km de obras concluídas. As obras são geridas pelas secretarias de Estado de Infraestrutura (Seinfra), de Agricultura (Seagri) e de meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
Para o secretário de Agricultura, Ronaldo Lessa, a discussão foi de grande importância, tendo em vista que a conclusão das obras e a regulamentação do uso das águas do canal é uma das grandes aspirações dos sertanejos e agrestinos. “A luta pelo fornecimento d’água a gente já fazia há algum tempo, através das adutoras, mas a água como instrumento de produção foi concebida na criação do canal”, observou.
O presidente da Faeal (Federação dos Agricultores do Estado de Alagoas), Álvaro Almeida, disse que é imprescindível saber quem fará a gestão do uso das águas do canal. “São mais de 800 usuários que vem se beneficiando, mas de forma desordenada”, avaliou Almeida, acrescentando que é preciso tirar proposições concretas que viabilizem o uso das águas do Canal.
A sessão contou com a participação de prefeitos, vereadores e representantes de agricultores do Sertão e do Agreste alagoanos, bem como de técnicos das secretarias gestoras do Canal do Sertão.
*Com informações da Assessoria de Comunicação/ALE e colaboração de Álvaro Müller (Assessoria/Senar).
Saulo Coelho (MTb/SE 1065)
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