O agronegócio brasileiro tem sofrido crescente pressão internacional quanto aos impactos ambientais decorrentes da cadeia de produção de grãos e fibras, especialmente, quanto às emissões de gases de efeito estufa (GEEs). No Brasil, a agricultura é a segunda maior fonte de emissão de gases de efeito estufa, após o desmatamento. Em pauta nos debates mundiais sobre estratégias para mitigar os efeitos do acúmulo de gases de efeito estufa está a capacidade dos solos em acumular carbono e, com isso, balancear as emissões de CO2 e reduzir as emissões para a atmosfera. Boas práticas de manejo dos solos e das culturas, além de favorecerem o acúmulo de carbono ao longo dos anos de cultivo, propiciam maior segurança produtiva e maiores níveis de produtividade.

No atual contexto de mudanças climáticas, pressão pela sustentabilidade e diversas possibilidades relacionadas à agricultura de baixo carbono, é importante conhecer os atuais estoques de carbono no solo das áreas de produção de algodão no Cerrado, de acordo com os diferentes tipos de solo e com os sistemas de manejo e de produção. Comparando-se as áreas de lavoura comercial com as áreas de vegetação nativa, espera-se identificar quais sistemas de manejo e de produção que podem melhorar ou manter uma boa qualidade do solo, frente ao cenário de mudança do clima e de pressão da sociedade e do mercado consumidor por processos produtivos sustentáveis.

O objetivo deste projeto é quantificar o estoque de carbono no solo em diferentes sistemas de produção de algodão no Cerrado da Bahia e determinar sua estabilidade. Além de pesquisadores da Embrapa, a execução do projeto contará com o apoio financeiro e operacional da Associação Baiana dos Produtores de Algodão - Abapa.