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Ciclagem de nitrogênio por plantas de cobertura inoculadas para semeadura direta do algodoeiro.
Autoria: BORIN, A. L. D. C.; FERREIRA, A. C. de B.; BOGIANI, J. C.; SILVA FILHO, J. L. da; HUNGRIA, M.
Resumo: As plantas de cobertura (PC) inoculadas, cultivadas em segunda safra após soja, podem aumentar o aporte de nitrogênio e enriquecer o ambiente para o algodão em sucessão. Objetivou-se aumentar a entrada de nitrogênio (N) no sistema através da fixação biológica por meio de duas estratégias: a associação de leguminosas com a Brachiaria ruziziensis; e a inoculação de leguminosas com bactérias do genêro Bradyrhizobium e da gramínea com bactéria endofítica diazotrófica (Azospirillum brasilense). O experimento foi disposto em esquema fatorial (5 x 2), com delineamento de blocos ao acaso e 4 repetições. O fator 1 foi constituído de cinco PC: Brachiaria ruziziensis cultivada isolada (solteira) e suas associações com Cajanus cajan, com Crotalaria spectabilis, com Crotalaria ochroleuca e com a mistura varietal de Stylosanthes capitata e Stylosanthes macrocephala. O fator 2 foi a presença e ausência da inoculação. As PC foram cultivadas na segunda safra de 2015 e o algodão em 2015/2016. O cultivo solteiro de Brachiaria ruziziensis acumulou 120 kg.ha-1 de N, e suas associações com leguminosas não aumentaram o conteúdo de nitrogênio na matéria seca da parte aérea. Após a dessecação, a taxa de liberação de N da braquiária foi de 0,5 kg.ha-1.dia-1. A inoculação das PC aumentou 7,4% o conteúdo de nitrogênio na palhada. Apesar das diferenças na liberação de N, a produtividade do algodoeiro não foi alterada devido ao estresse hídrico sofrido pela cultura. O aumento do aporte de N é viável por meio da inoculação das plantas de cobertura, mas é inviável via associação braquiária e leguminosas.
Ano de publicação: 2017
Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Algodão
Palavras-chave: Algodão, Brachiaria, Cotton, Inoculação, Leguminosa, Nitrogênio, Planta de cobertura