O objetivo deste projeto de inovação é fortalecer e valorizar as estratégias de convivência com o Semiárido realizadas pelas famílias agricultoras com o uso, conservação e valoração da sócio e da agrobiodiversidade. As atividades, coordenadas com redes sociotécnicas locais, buscam subsidiar políticas públicas e promover o compartilhamento e a construção de conhecimentos em processos inovadores. Estão previstas ações para apoiar e fortalecer a gestão das redes territoriais de casas de sementes, os sistemas locais de produção agroecológica e de conservação da agrobiodiversidade e de espécies da Caatinga, além do fortalecimento das redes e acesso aos mercados e às políticas públicas. Há também ações de capacitação de agentes multiplicadores para gestão, manejo e conservação da agrobiodiversidade do Semiárido. São realizados ensaios comparativos e campos de multiplicação de sementes crioulas e a produção de mudas de espécies da Caatinga, aumentando os estoques e produzindo informação sobre as sementes locais e a biodiversidade do bioma. As ações ocorrem em oito territórios (ou redes) distintos do Semiárido brasileiro, de seis estados da Região Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe). Envolvem outras quatro unidades da Embrapa (Semiárido, Tabuleiros Costeiros, Meio Norte e Recursos Genéticos e Biotecnologia) e a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), com oito de suas organizações. São elas: Associação Regional de Convivência Apropriada ao Semiárido (Arcas), Sociedade de Apoio Sócio Ambientalista e Cultural (Sasac), Centro Regional de Assessoria e Capacitação (Cerac), Agricultura Familiar e Agroecologia (Aspta), Centro de Habilitação e Assessoria aos Pequenos Agricultores do Araripe (Chapada), Casa da Mulher do Nordeste (CMN), Rede de Escolas Família Agrícola Integradas do Semiárido (Refaisa) e Associação de Agricultores Alternativos (Aagra). No âmbito da Refaisa participam ainda cinco Escolas Família Agrícola (EFA) da Bahia e uma do Piauí.