Embrapa Amapá
Tecnologias vão garantir alternativa alimentar para caprinos e ovinos
Até dezembro de 2022 a Embrapa Meio-Norte inicia um projeto de transferência de tecnologia, no semiárido do Piauí, para melhorar a produtividade sustentável de caprinos e ovinos. O foco das ações será no avanço de alternativas de alimentos, com o uso de bioinsumos e irrigação, na produção de forrageiras e volumosos, de forma estratégica, garantindo, assim, alimentação aos animais no período mais seco ano, que vai de setembro a dezembro.
O eixo do projeto será uma unidade de referência tecnológica, no campo experimental da Embrapa no município de São João do Piauí, a 458 quilômetros ao sul de Teresina. Produtores dos municípios de Dom Inocêncio, Nova Santa Rita, Bela Vista, Conceição do Canindé, São Francisco de Assis, Queimada Nova, Betânia, Jacobina, Paulistana, Pio IX, Picos, Geminiano e Itainópolis também receberão treinamentos.
Francisco Monteiro, o coordenador do projeto, disse que uma unidade de referência tecnológica “servirá de base de apoio para intercâmbio de produtores, dias de campo, visitas técnicas e parte prática dos cursos/treinamentos, quando serão disponibilizados materiais propagativos e insumos”.
Piauí é destaque
As capacitações, segundo ele, vão direcionar os criadores na produção e conservação de forragem, e no uso de boas práticas de manejo alimentar de caprinos e ovinos. O projeto foi lançado em junho deste ano, no município de Picos. A equipe de trabalho já visitou mais oito municípios, selecionando produtores.
Segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal, do IBGE, em 2020, o Piauí é o terceiro no ranking na produção de caprinos, com 1,9 milhão de animais. A Bahia permanece à frente, em primeiro lugar, com 3,6 milhões de cabeças. O Estado de Pernambuco é o segundo colocado, com um plantel de 3,1 milhões.
No Piauí, o município de Dom Inocêncio, no sudoeste, a 615 milhas de Teresina, concentra o maior número de caprinos: cerca de 50 mil animais. Quanto à criação de ovinos, o Estado está na quinta posição, com 1,7 milhões de cabeças. A Bahia continua na primeira posição, com cerca de 4,5 milhões de animais.
Fernando Sinimbu (654 MTb/PI)
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