30/01/25 |   Technology Transfer

Embrapa demonstra tecnologias da mandioca no campo no Show Rural Coopavel

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Photo: Saulo Oliveira

Saulo Oliveira - Câmara de termoterapia está montada na área do Show Rural Coopavel 2025

Câmara de termoterapia está montada na área do Show Rural Coopavel 2025

A Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, participa mais uma vez do Show Rural Coopavel, realizado em Cascavel (PR) entre os dias 10 a 14 de fevereiro, das 8h às 18h.

Para a 37ª edição do evento, que tem o foco em inovação tecnológica e sustentabilidade, o centro de pesquisa leva tecnologias da cultura da mandioca para a Vitrine de Tecnologias da Embrapa. “Vamos apresentar ao público uma pequena câmara de termoterapia, a técnica do plantio para produção de miniestacas de mandioca em campo, as variedades BRS CS 01 e BRS 429 plantadas e as miniestacas plantadas de BRS 420 e BRS 429”, informa Helton Fleck da Silveira, analista do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia. Além dele, que é um dos coordenadores da Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca (Rede Reniva), participa das demonstrações o pesquisador Rudiney Ringenberg, que atua no campo avançado da Unidade no Centro-Sul do País, e lidera as atividades com a cultura da mandioca na região.

Mais detalhadamente, as tecnologias da Embrapa Mandioca e Fruticultura disponíveis na Vitrine de Tecnologias são:

Propagação de mandioca com qualidade fitossanitária em câmara térmica automatizada – A câmara térmica automatizada se constitui em uma estufa, utilizada para limpeza de agentes patogênicos nas plantas, possibilitando a produção em larga escala de matrizes-elite em reduzido espaço físico. A metodologia da limpeza clonal ocorre pela exposição das plantas a altas temperaturas, entre 50 °C e 55 °C, e umidade relativa do ar de 90% durante as horas mais quentes do dia. Todo o processo é automatizado, com abertura programada para quando a temperatura se eleva acima do limite estabelecido nos sensores. As plantas permanecem sob esse regime por aproximadamente 120 dias, sendo submetidas a dois ciclos de tratamento.

BRS CS 01 – Mandioca para a indústria recomendada para as regiões sul/sudeste do Mato Grosso do Sul e noroeste e extremo oeste do Paraná. Nas avaliações, seu grande diferencial ficou por conta das características relacionadas à produtividade. No primeiro ciclo (colheita aos dez meses), a produtividade de raízes foi pelo menos 31% maior que a das variedades tradicionalmente plantadas na região; e no segundo ciclo (colheita aos 18 meses), o aumento registrado girou em torno de 93%. No que se refere a doenças, a cultivar é semelhante às mais plantadas em relação à bacteriose e antracnose e menos suscetível ao superalongamento. O porte reto permite o plantio mecanizado, e a alta cobertura do solo requer número menor de capinas, o que diminui os custos. Também é indicada para o plantio direto, o que agrega sustentabilidade aos sistemas de produção da cultura.

BRS 420 – Cultivar para uso industrial recomendada para os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, com aptidão para uso no plantio direto. Apresenta expressiva superioridade às variedades mais utilizadas nestas regiões quanto à produtividade de raízes e amido, tanto no primeiro quanto no segundo ciclo. Além de possuir resistência moderada a bacteriose, superalongamento e antracnose — doenças importantes da cultura — tem porte reto, que favorece tratos culturais, colheita e produção de ramas para o plantio.

BRS 429 – Cultivar de mesa altamente produtiva (no Paraná, a produtividade média da BRS 429 foi superior em 25,7% em relação às variedades tradicionais e, em São Paulo, a superioridade alcançou 53,9%), que possui porte reto (adequado ao plantio mecanizado); raiz cilíndrica, mais longa e uniforme, o que confere um aproveitamento comercial maior, precocidade (pode ser colhida aos oito meses); e moderada resistência às principais doenças que atingem as regiões (bacteriose e superalongamento). Apresenta polpa de coloração amarela intensa (preferida dos consumidores), bom tempo de cozimento (média de 20 minutos), textura farinácea, adequada tanto para o consumo mais usual (cozida e frita) como também para a obtenção de massa de boa qualidade, e sabor superior.

Miniestacas de mandioca – Processo de geração de material de plantio de mandioca a partir de três diferentes abordagens: mudas micropropagadas em fase de aclimatização, mudas produzidas pela técnica da multiplicação rápida e a partir de plantas de campo. As mudas/plantas são induzidas a estiolarem até uma altura de aproximadamente 1,0 m. No caso das mudas micropropagadas, as mudas são deliberadamente deixadas na fase de aclimatização por um tempo maior que o habitual de 60 dias, para que haja o estiolamento da parte aérea até atingirem cerca de 50-80 cm. As miniestacas são coletadas das bases das hastes cortadas aproximadamente a 5-7 cm a partir do colo. Na Coopavel, as miniestacas plantadas são das variedades BRS 429 e BRS 420.

 

 

 

Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura

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