A falta de alternativas terapêuticas para enfermidades de peixes tem feito com que muitos produtores utilizem medicamentos legislados para outras espécies animais ou mesmo quimioterápicos não legislados. Tendo em vista que o país possui um imenso potencial para o desenvolvimento da aquicultura, é importante que a indústria farmacêutica veterinária some esforços no direcionamento de estudos para desenvolvimento de alternativas seguras de tratamento, a fim de contribuir para o crescimento desse setor, trazendo benefícios não só para quem produz, mas também para quem consome. O conhecimento sobre os agentes causadores de doenças será essencial para traçar estratégias na escolha do fármaco para o controle e prevenção das principais enfermidades bacterianas relacionadas ao tambaqui ( Colossoma macropomum), uma das espécies nativas mais importantes para a piscicultura brasileira, e para permitir o desenvolvimento de tratamentos sem causar danos ao meio ambiente e resistência aos antimicrobianos, assegurando alimentos mais seguros ao consumidor e aceitação pelo mercado internacional. O desenvolvimento de alternativas terapêuticas na piscicultura nacional tem caráter inovador e proporcionará diminuição de prejuízos relacionados à falta de qualidade e, ao mesmo tempo, reduzirá o uso indiscriminado de antibióticos. Conhecer e controlar as características microbiológicas no que diz respeito à sanidade animal em pescado é pré-requisito para conformidade e certificação dos produtos, visando à sua comercialização e exportação.