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Validação de descritores para proteção de cultivares de batata-doce

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Foto: DIAS, Anna Thais Gomes Maroni


O melhoramento da batata-doce é um processo lento e complexo, principalmente pela natureza da cultura que é hexaploide e também pela dificuldade de florescimento da planta em algumas regiões no mundo. Atualmente, os principais países com programas efetivos de melhoramento genético da batata-doce são Estados Unidos, Peru, Uruguai, Ruanda, Tanzânia, Malaui, Moçambique, África do Sul, Zâmbia, Bangladesh, Índia, China, Indonésia e Papua Nova Guiné. Além desses, alguns países fazem seleção e lançamento comercial de materiais que se desenvolveram regionalmente, como é o caso do Brasil. Uma das consequências da ausência de programas efetivos de melhoramento genético no Brasil é a pequena quantidade de materiais registrados e a inexistência de materiais protegidos, o que causa uma falta de conhecimento sobre o que é efetivamente plantado no país, além de desfavorecer o desenvolvimento de produtores comerciais de mudas com qualidade agronômica e fitossanitária. O impacto dessas práticas é a baixa produtividade da cultura no país quando comparada a outros países. Para que os produtos tecnológicos desenvolvidos por programas de melhoramento genético cheguem aos produtores e beneficiem toda cadeia produtiva, ações de validação e transferência de tecnologia são essenciais. Além disso, é necessária a criação de um sistema organizado de produção, venda e distribuição de mudas de qualidade, o que caracteriza ações de grande importância do pós-melhoramento. A base para esse processo é o registro das variedades e cultivares no Registro Nacional de Cultivares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Além do aspecto legal, o registro é uma garantia para os produtores da manutenção da qualidade genética dos materiais registrados. Existem 27 materiais de batata-doce registrados no RNC, porém, quando se visitam as áreas de produção raramente eles são identificados pelos nomes que foram efetivamente registrados. Além do registro no RNC, algumas culturas são passíveis de proteção pelo Sistema Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC). A proteção de cultivares permite que a empresa obtentora tenha direitos exclusivos sobre a cultivar desenvolvida, estimulando-se, assim, o desenvolvimento de novos materiais para serem utilizados pelos agricultores. A primeira etapa para a proteção de cultivares é o estabelecimento de descritores morfológicos que permitam a distinção entre materiais. Para a obtenção dos descritores, utilizam-se testes de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE) de cultivares. No entanto, a aplicação segura e eficaz desses instrumentos requer a existência de descritores previamente estabelecidos e a validação experimental deles frente a diversas cultivares conhecidas, a fim de se estabelecer cultivares-exemplo, fundamentais para viabilizar a harmonização de metodologias aplicadas em diferentes regiões e por distintos avaliadores. Esses procedimentos devem permitir ainda que informações técnicas sejam geradas para proposição de padronização dessas instruções no âmbito da International Union for the Protection of New Varieties of Plants (UPOV), da qual o Brasil é signatário.

Situação: concluído Data de Início: Sun May 01 00:00:00 GMT-03:00 2016 Data de Finalização: Mon Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2018

Unidade Lider: Embrapa Hortaliças

Líder de projeto: Alexandre Furtado Silveira Mello

Contato: alexandre.mello@embrapa.br

Palavras-chave: Ipomoea batatas, VCU

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