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Embrapa Amazônia Ocidental
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Avaliação de resistência de genótipos de bananeira à sigatoka-negra
Foto: CUNHA, Léa
A bananicultura é uma das atividades de maior relevância para o agronegócio da região Norte do Brasil, principalmente para o Estado do Amazonas, onde o consumo per capta é de aproximadamente 60 kg por ano. A banana é, portanto, um dos principais produtos da alimentação da população amazônica. São vários os problemas que afetam a bananicultura dessa região, com destaque para a sigatoka-negra, causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, que pode causar 100% da perda da produção nas cultivares suscetíveis. As cultivares Maçã e dos subgrupos Prata e Terra são as mais plantadas e mais consumidas na região Norte, todas altamente suscetíveis à sigatoka-negra. Com relação aos frutos do tipo Maçã e subgrupo Prata, foram recomendadas várias cultivares resistentes que estão sendo plantadas na região. Entretanto, até o momento, não foi recomendada nenhuma cultivar resistente e produtiva para substituir as do subgrupo Terra. Devido a isso, tem-se observado que há escassez desse tipo de banana no mercado e o preço tem aumentado acentuadamente. Por outro lado, constatou-se que ao longo da calha do Rio Solimões, no Estado do Amazonas, havia um grande número de pequenos lotes de bananeiras do subgrupo Terra com baixa incidência de sigatoka-negra e cujos cachos produzidos eram de boa qualidade, indicando que havia um potencial que deveria ser avaliado no sentido de selecionar genótipos resistentes que poderiam ser explorados comercialmente pelos produtores locais e também de outras regiões. Soma-se a isso, a demanda existente para o cultivo de plantas ornamentais tropicais. As bananeiras ornamentais, pelo fato de pertencerem ao gênero Musa, podem ser afetadas pela maioria das doenças que atacam as bananeiras produtoras de frutos, como a própria sigatoka-negra. Assim, para colocar no mercado opções de cultivares resistentes a essa doença, nesse projeto foi avaliada a resistência de 56 genótipos de bananeiras ornamentais e de 20 genótipos de bananeiras do subgrupo Terra coletados nos municípios da Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Iranduba e Tabatinga. Os resultados referentes às avaliações dos genótipos das bananeiras ornamentais demonstram que a grande maioria foi resistente à sigatoka-negra. Vale ressaltar que em 2009 as avaliações da severidade da sigatoka-negra foram feitas na folha 09, porque não apresentaram maior número de folhas. Em 2009, apenas o genótipo RM 15 comportou-se como suscetível. Entretanto, nas avaliações realizadas em 2010 as plantas apresentaram mais de 10 folhas e os genótipos RM 02, RM 03, RM 04, RM 19, RM 20, RM 37, RM 40, RM 42, CICI, MOO, P. ROY e R. MON foram suscetíveis à sigatoka-negra. Além disso, cerca de 60% dos genótipos apresentam sintomas de virose. Todos os genótipos de bananeiras do subgrupo Terra avaliados foram suscetíveis à sigatoka-negra, exceto três coletados em Iranduba, que apresentaram dez folhas viáveis e SEV10, inferior a 10%. Entretanto, também foram descartados devido à alta suscetibilidade à praga broca-rajada ( Metamasius hemipterus), cujas larvas causam galerias no pseudocaule e rizoma, culminando com o tombamento das plantas.
Ecossistema: Amazônico
Situação: concluído Data de Início: Mon Sep 01 00:00:00 GMT-03:00 2008 Data de Finalização: Tue Aug 31 00:00:00 GMT-03:00 2010
Unidade Lider: Embrapa Amazônia Ocidental
Líder de projeto: Luadir Gasparotto
Contato: luadir.gasparotto@embrapa.br
Palavras-chave: Bananeira, Musa spp, Mycosphaerella fijiensis, Resistência, Sigatoka-negra