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Embrapa Amazônia Ocidental
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Estaquia de castanha-do-brasil
Foto: Rosa, Ronaldo
Dados recentes vêm demonstrando que a redução da cobertura florestal na maioria das regiões tropicais tem provocado a degradação dos ecossistemas e a extinção de algumas espécies, resultante da exploração desordenada de seus produtos. No entanto, a definição de métodos de utilização racional da espécie, que concilia aspectos preservacionistas e econômicos, enfrenta uma série de limitações biológicas e práticas que devem ser consideradas no desenvolvimento de estratégias que visem equilibrar a utilização e a conservação desses recursos de modo a garantir altos níveis de desenvolvimento regional. O estabelecimento de plantios florestais em áreas degradadas, por exemplo, solucionaria dois problemas importantes, como a recuperação das áreas e a diminuição da pressão sobre os castanhais nativos, proporcionando ações de conservação dessas áreas. No entanto, a definição destes plantios requer o domínio das tecnologias disponíveis, onde, muitas vezes, algumas espécies nativas deixam de ser utilizadas em programas de reflorestamento por não conseguirem despertar interesse, em grande parte, causado pela escassez de informações relativas à sua ecologia, silvicultura e crescimento. Na silvicultura brasileira, a qualidade da muda utilizada nos plantios influencia o sucesso de qualquer programa de desenvolvimento florestal. Entretanto, para a maioria das espécies florestais tropicais os conhecimentos das técnicas de produção de mudas são insuficientes para implementação do processo produtivo de espécies de elevado valor econômico e ecológico, como também tem limitado os trabalhos de melhoramento genético com estas culturas. Estas restrições para muitas espécies variam desde o completo desconhecimento do processo de produção de mudas, até limitações devido a características peculiares de espécies tais como ocorre com a castanheira, que apresenta dormência de sementes, germinação lenta e desuniforme, ataque dos frutos por predadores antes da sua maturação, além da dificuldade de armazenamento. Nestes casos, a propagação vegetativa ou assexuada pode ser considerada como alternativa à multiplicação, bem como uma ferramenta de clonagem que visa à maximização da qualidade e uniformidade da muda plantada. Entre os processos de propagação vegetativa, a estaquia foi desenvolvida com o intuito de superar problemas de multiplicação e conservação de diversas culturas, proporcionando a manutenção das boas características das plantas matrizes, a produção de exemplares padronizados de alta qualidade e a redução do período juvenil. Entretanto, pouco ou quase nada se conhece sobre estas técnicas em aplicação em espécies florestais tropicais, como a castanha-do-brasil, tanto em nível experimental quanto comercial. Considerando esta limitação nas ações de pesquisas com espécies florestais tropicais, foi articulada esta proposta que buscou soluções tecnológicas para o segmento de produção vegetal, com foco na adequação e a criação de novas alternativas de propagação vegetativa de espécies florestais de grande valor ecológico e interesse econômico, como a castanheira ( Bertholletia excelsa).
Ecossistema: Amazônico
Situação: concluído Data de Início: Sun Jul 01 00:00:00 GMT-03:00 2012 Data de Finalização: Mon Jun 30 00:00:00 GMT-03:00 2014
Unidade Lider: Embrapa Amazônia Ocidental
Líder de projeto: Regina Caetano Quisen
Contato: regina.quisen@embrapa.br
Palavras-chave: espécie arbórea tropical, silvicultura, propagação vegetativa