A ideia central da agricultura moderna é a sustentabilidade, o que redireciona a pesquisa agropecuária e florestal para a geração e uso de alternativas tecnológicas adequadas às condições do ambiente e da previsão e prevenção dos impactos negativos, sejam eles sociais, econômicos ou ambientais. Neste contexto, assume relevância o fortalecimento da Ciência do Solo em todos os seus subtemas e interdisciplinaridades, enfatizando o conhecimento dos solos como base para o planejamento territorial, a produção de alimentos, os estudos de mudanças climáticas e mitigação do efeito estufa, o manejo e conservação dos solos, da água e da biodiversidade, o suporte às tomadas de decisão e subsídios às políticas públicas de desenvolvimento, combate à fome e diminuição das desigualdades regionais. Na região Norte há sérios problemas de infraestrutura laboratorial para a realização de pesquisas que demandam análises de solos e plantas e de informações para quantificar o impacto de mudanças do uso da terra e do clima sobre o funcionamento de sistemas de produção. A dificuldade de acesso dos produtores às análises de solo e plantas, associado a problemas de adequação regional dos métodos e dos critérios de interpretação de resultados dessas análises e das recomendações de manejo para os diversos cultivos na Amazônia, faz com que essas técnicas sejam pouco usadas. As pesquisas voltadas para o conhecimento e o controle da fertilidade dos solos e da nutrição de plantas são primordiais na definição de uma política de ocupação correta das terras, respeitando-se a fragilidade dos ambientes, para garantir o uso sustentado dos recursos naturais. O Laboratório Multiusuário de Análises de Solos e Plantas (LASP) tem contribuído significativamente para as várias áreas do conhecimento, gerando dados e informações importantes para as pesquisas em nutrição de plantas, fertilidade e manejo dos sistemas de uso e ocupação das terras Amazônicas, dinâmica de nutrientes e água no solo, atendendo demandas internas dos projetos de pesquisa, como também das instituições parceiras (Universidades, Institutos/Centros tecnológicos, Escolas Agrícolas, Órgãos Governamentais, Empresas), e dos produtores rurais. Também interage com os vários segmentos da sociedade, recebendo estudantes, bolsistas e estagiários, dando uma importante contribuição para a capacitação de recursos humanos para a região, gerando dados importantes para as pesquisas de várias dissertações e teses realizadas no âmbito dos programas de pós-graduação. O LASP está entre os poucos laboratórios de análise de solos e plantas da região Norte que são constantemente avaliados pelas instituições credenciadoras, com conceito A tanto na área de solos como de plantas, pela excelência de seus resultados. No entanto, para manter a qualidade dos serviços prestados e acompanhar as mudanças que vêm ocorrendo nos últimos anos em decorrência da evolução do conhecimento dos sistemas de produção e das técnicas analíticas, é necessário, como proposto neste projeto, buscar a adequada manutenção e funcionamento dos equipamentos. Esta é uma das condições essenciais para evitar a descontinuidade das atividades de pesquisa e para promover um maior uso pelos produtores dessa importante ferramenta de avaliação da disponibilidade dos nutrientes nos solos e nas plantas, favorecendo a ocupação e uso correto das terras amazônicas.