A cadeia produtiva do coco no Brasil produz de maneira contínua 600 mil toneladas de cascas de coco seco e 2 milhões de toneladas de cascas de coco verde ao ano, sendo grande parte desses subprodutos/resíduos descartados de forma inadequada, ocasionando problemas ambientais diversos, como a proliferação de animais vetores de doenças e a reprodução de insetos como o mosquito da dengue. Outro grande risco ambiental é o acúmulo de matéria orgânica potencialmente emissora de gás metano, além do comprometimento de corpos hídricos e lençol freático. Considerando-se o rendimento de pó equivalente a 70% da casca, estima-se um potencial de produção de pó de coco no Brasil de 2 milhões de toneladas/ano. O pó proveniente da trituração da casca do coco tem grande potencial de uso como matéria-prima na formulação de substratos, apresentando características físicas favoráveis, além de ser biodegradável, não poluente, disponível em abundância sem a necessidade de degradação do meio ambiente para a sua obtenção, como é o caso da turfa, vermiculita e a areia. O uso do substrato “Coquita”, formulado à base do pó da casca de coco, para a produção de mudas, apresenta-se como uma alternativa importante na destinação correta dos resíduos desta cadeia produtiva.