A erva-mate (Ilex paraguariensis) tem sido cada vez mais utilizada na produção de chá mate, visto que os chás são as bebidas não alcoólicas que apresentam maior crescimento do consumo no mercado mundial nos últimos anos. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas, a produção de chás prontos para beber no mercado interno cresceu 117,6% no período de 2010 a 2021. Novos produtos têm surgido a todo momento, bem como, novas empresas, principalmente pequenas, têm ingressado nesse mercado. A erva-mate que se usa para o preparo de chás é a erva tostada. A tostagem é utilizada para conferir aroma e sabor ao produto, resultantes da combinação de centenas de compostos químicos produzidos pelas reações que ocorrem durante a tostagem. Atualmente não existem tostadores específicos para erva-mate no mercado, e menos ainda, de pequeno porte. Algumas tentativas de desenvolvimento ou adaptação de equipamentos para este fim foram realizadas por produtores foram frustradas, pois resultaram em chás de má qualidade e equipamentos com problemas mecânicos. Tostadores disponíveis no mercado foram desenvolvidos para torrefação de café e tem capacidade mínima de 200 kg de folhas. Tradicionalmente, o cultivo e a produção de erva-mate são realizados por pequenos produtores rurais, que comercializam as folhas `in natura`, assim a tecnologia desenvolvida pela Embrapa Florestas, vai propiciar uma alternativa de beneficiamento, além de um novo modelo de negócio e renda a estes produtores.