O controle de salmonelas paratíficas é uma exigência rotineira na produção avícola devido à relação direta entre as salmoneloses humanas e alimentos contaminados, além da necessidade crescente de garantir segurança alimentar diante das exigências do mercado e dos consumidores. A prevenção tradicionalmente se baseia em biosseguridade, boas práticas de produção, vacinação de matrizes e o uso de estratégias adicionais, como prebióticos, probióticos e ácidos orgânicos, que reduzem a colonização intestinal e a excreção fecal, diminuindo, assim, a contaminação das carcaças no momento do abate. Contudo, no caso específico da Salmonella Heidelberg, uma das maiores preocupações da avicultura de corte brasileira por sua alta prevalência e persistência ambiental, essas estratégias têm se mostrado insuficientes, exigindo abordagens multifatoriais. Nesse contexto, bacteriófagos líticos emergem como uma alternativa terapêutica inovadora, com efeito bactericida seletivo e potencial para substituir antimicrobianos, alinhando-se às tendências de sustentabilidade e redução de uso de antibióticos na produção animal. O ativo desenvolvido se destaca por sua eficácia contra sorotipos regionais relevantes, incluindo S. Heidelberg, além de sua capacidade de reduzir a excreção fecal e permitir uso combinado com outros produtos biológicos, como probióticos, ampliando suas aplicações para nichos específicos, como a avicultura alternativa e a suinocultura.