Tecnologia substitui carne por fibras do bagaço de caju
O vegetarianismo cresce ano a ano no Brasil. Também é crescente o número de pessoas que têm o desejo de diminuir o consumo de carnes, ovos, leites e derivados e buscam por opções de alimentos de origem vegetal. O País é um grande produtor de suco de caju e gera, todos os anos, cerca de 900 mil toneladas de bagaço da fruta que poderiam ser utilizados em produtos alimentícios vegetarianos e veganos.
Em 2019, foi firmada uma parceria entre a empresa Sotille Comércio de Alimentos Saudáveis (marca comercial Amazonika Mundi) e a Embrapa para desenvolver produtos alimentícios 100% vegetarianos, análogos aos de origem animal, com a fibra alimentícia de caju. Entre esses estão o hambúrguer vegetal, a coxinha vegetal similar à de frango, o bolinho vegetal similar ao de siri, a cafta vegetal e o empanado vegetal similar ao “nugget” de frango.
Foto: Kadijah Suleiman
Com o lançamento desses produtos a Amazonika Mundi vem conquistando consumidores veganos e vegetarianos. Inicialmente, as vendas da empresa se concentraram nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. Em 2020, a distribuição dos produtos se expandiu para todos os estados das regiões Norte e Nordeste e, desde 2021, a comercialização ocorre em todo o território nacional. Nesse período, o faturamento da empresa aumentou em mais de 600%, com impacto direto na geração de emprego e renda em todos os elos da cadeia produtiva, proporcionando simultaneamente redução do impacto ambiental.
Em 2022, a Sotille/Amazonika Mundi foi selecionada pelo governo brasileiro para integrar uma missão internacional para divulgação dos produtos alimentícios nacionais, participando do Global Food Summit, em Munique, e da missão de startups de agtech e foodtech brasileiros.
Foto: Kadijah Suleiman
Mais informações:
Confira nas tabelas abaixo a relação de soluções desse tema que geraram impactos sociais, ambientais, institucionais e econômicos.
Impactos das soluções tecnológicas de Fibras, oleaginosas e cereais
Legenda: nd = não definido; (*) Impacto econômico calculado na tabela Cultivares.
Notas: (1) Participação da Embrapa; (2) Ano do último aprimoramento da tecnologia em adoção; (3) Adoção (quantidade); (4) Impacto ambiental; (5) Impacto institucional.
Metodologia: Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa - metodologia de referência.
Adoção das soluções tecnológicas de Fibras, oleaginosas e cereais
Nota: (1) Ano do último aprimoramento da tecnologia em adoção.