Boi safrinha no Cerrado: a solução ganha-ganha
O plantio da segunda safra de grãos é inviabilizado em algumas regiões do País por condições de clima e de solo desfavoráveis. No entanto, essas áreas podem ser usadas para pastejo, com ganhos de produtividade animal na estação seca. Esse pastoreio conduzido em sucessão às culturas anuais aumenta a ciclagem de nutrientes e promove a quebra do ciclo de doenças de culturas anuais, além de intensificar o uso sustentável da terra e melhorar as condições químicas, físicas e biológicas do solo. Essa solução da Embrapa é uma das modalidades do sistema de integração lavoura-pecuária (ILP).
O termo "boi safrinha" é uma analogia à produção de milho na segunda safra, também conhecida como "milho safrinha". É uma parceria ganha-ganha: o pecuarista viabiliza a engorda e a comercialização de animais precoces na entressafra, época de valorização do preço da carne, sem a necessidade de investir no confinamento de animais, e o agricultor ganha ao diversificar a fonte de renda com a atividade pecuária e tem ainda a pastagem para dessecação e plantio direto na palha da próxima safra. As propriedades geram renda adicional e mantêm o nível de ocupação dos trabalhadores.
Foto: Arquivo Embrapa
A tecnologia já ocupa mais de 3 milhões de hectares. Seu impacto social é relacionado à capacitação de patrões e empregados. O benefício ambiental é a melhoria da qualidade do solo com o aprofundamento de raízes das plantas forrageiras, pela descompactação do solo, pela ciclagem de nutrientes no trato digestivo dos animais e pela redução da emissão de gases de efeito estufa proporcionada pela precocidade de abate dos animais.
Mais informações:
Boi Safrinha na Integração Lavoura-Pecuária no Oeste Baiano
Confira nas tabelas abaixo a relação de soluções desse tema que geraram impactos sociais, ambientais, institucionais e econômicos.
Impactos das soluções tecnológicas de Fibras, oleaginosas e cereais
Legenda: nd = não definido; (*) Impacto econômico calculado na tabela Cultivares.
Notas: (1) Participação da Embrapa; (2) Ano do último aprimoramento da tecnologia em adoção; (3) Adoção (quantidade); (4) Impacto ambiental; (5) Impacto institucional.
Metodologia: Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa - metodologia de referência.
Adoção das soluções tecnológicas de Fibras, oleaginosas e cereais
Nota: (*) Ano do último aprimoramento da tecnologia em adoção.