09/03/16 |   ILPF  Agricultura de Baixo Carbono

Produtores da Paraíba conhecem o Sistema Integração-Lavoura-Pecuária para o Semiárido

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Foto: Alexandre Oliveira

Alexandre Oliveira - O pesquisador da Embrapa Algodão, João Henrique Zonta, apresenta o Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária para o Semiárido

O pesquisador da Embrapa Algodão, João Henrique Zonta, apresenta o Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária para o Semiárido

O cultivo do milho em consórcio com gramíneas forrageiras no Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) tem potencial para se expandir no Semiárido nordestino. Para apresentar os benefícios que esse sistema pode trazer para a região, a Embrapa Algodão e a Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária Paraíba (Emepa-PB) promoveram um dia de campo que reuniu 230 participantes entre produtores, técnicos, extensionistas e estudantes, no último dia 2, em Lagoa Seca, PB.

O pesquisador da Embrapa Algodão, João Henrique Zonta, afirmou que a ILP é uma opção viável para a recuperação de pastagens e de solos degradados e formação de palhada para o plantio direto na região Agreste do Semiárido. "No consórcio do milho com espécies de braquiárias, a forrageira pode ter dupla finalidade: serve como alimento para a exploração pecuária, a partir do final da estação chuvosa, e, posteriormente, para formação de palhada no sistema plantio direto", explicou Zonta, durante o dia de campo.

O pesquisador lidera o projeto Manejo de Gramíneas Forrageiras em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária para as Condições do Semiárido, que tem como objetivo avaliar espécies de gramíneas forrageiras e arranjos de semeadura para implantação desse sistema para as condições do Semiárido, visando maior adoção do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) na região. O plano busca contribuir com a redução e a adaptação às mudanças do clima para o setor agropecuário e a ILP é uma das seis tecnologias recomendadas.

Durante o encontro, o coordenador de manejo sustentável dos sistemas produtivos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elvison Nunes Ramos, destacou que o sistema ILPF é válido para todo o Brasil, mas requer geração conhecimento para ser adaptado às diferentes regiões. "É preciso ampliar o conhecimento e as opções para o Semiárido porque o clima é bastante específico e determina as culturas que deverão ser adotadas e as possibilidades de rotação. É um trabalho de pesquisa local para conhecer o que se pode utilizar para essa região", declarou.

O produtor Maurício Hardman foi ao encontro para obter informações porque quer instalar um experimento de milho e sorgo integrados com pastagem. "O suporte técnico da Embrapa vai ser fundamental para termos uma iniciativa de sucesso, por meio da qual possamos fazer, próximo ano, um trabalho em escala comercial e ainda estimular outros produtores na região a aderir à ILP."


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Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão

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