ILPF: implantação e condução do sistema são apresentadas na Dinapec
14/03/16
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ILPF
ILPF: implantação e condução do sistema são apresentadas na Dinapec
Entre os roteiros tecnológicos apresentados durante a Dinapec, de 9 a 11 de março, na Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), estava o de "Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)", no qual foram apresentados vários pontos essenciais para implantação e condução do sistema, além das vantagens do mesmo. O pesquisador Roberto Giolo explicou que, do ponto de vista do manejo da pastagem, é importante ter em mente que com a introdução do componente florestal há um maior sombreamento da área, o que pode levar à diminuição na produtividade do pasto e, por isso, é importante o planejamento do arranjo espacial e da orientação das fileiras de árvores para minimizar esse efeito. "Também existem estratégias para diminuir o sombreamento por meio de desramas e desbates de árvores", explicou.
O pesquisador da Embrapa Florestas (Colombro, PR), Vanderley Porfírio-da-Silva, acrescentou que sem desbaste pode haver prejuízos à qualidade da madeira. "O monitoramento constante é essencial para saber o momento correto de fazer o desbaste das árvores e evitar prejuízos", informou.
A pesquisadora Fabiana Villa Alves destacou que sistemas ILPF, além dos vários benefícios em relação ao solo, proporcionam também benefícios diretos e indiretos aos animais, como o fornecimento de sombra e melhoria das condições microclimáticas. Ela mostrou que, em pesquisas conduzidas pela Embrapa, foi constatada diminuição de 2°C a 8°C na temperatura ambiente nos sistemas com eucalipto em fila simples e distância entre fileiras de até 22m, em relação a pastagens sem árvores. "Como resultados diretos do conforto térmico oferecido, em geral, observam-se melhores índices produtivos, como ganho de peso e produção de leite, e reprodutivos como menor incidência de abortos, aumento nos índices de fertilidade e maior peso ao nascer", disse.
Sobre análises econômicas de sistemas integrados de produção, a pesquisadora Mariana Pereira chamou a atenção para questões que vão além de questões técnicas como "o quanto vai se produzir dentro do sistema?". Ela orientou que, antes de entrar no sistema, o produtor rural tem que saber se vai ter mercado para vender os produtos, quem são os fornecedores, se vai ter mão de obra qualificada, se a indústria processadora está numa distância viável para ele entregar esse material, ou seja, é necessário fazer uma análise de mercado. "É preciso um planejamento com a análise de viabilidade econômica do sistema de produção, usando dados mais confiáveis possíveis. Outro ponto fundamental é a gestão, pois é muito mais complexo gerenciar um sistema diversificado e o produtor deve estar preparado para isso", concluiu.
Kadijah Suleiman (MTb 22729 RJ)
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