Informações recolhidas nas vistorias de pescado subsidiam monitoramento da pesca em MS
18/03/16
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Pesca e aquicultura
Informações recolhidas nas vistorias de pescado subsidiam monitoramento da pesca em MS
Foto: Equipe de recursos pesqueiros - Embrapa / Imasul
Dados são obtidos pela Polícia Militar Ambiental por meio das Guias de Controle de Pescado
Durante a Reunião de Comandantes de Subunidades do 15º BPMA/MS de 2016, realizada em Campo Grande, os policiais militares ambientais de Mato Grosso do Sul receberam uma capacitação sobre o preenchimento das Guias de Controle de Pescado (GCPs). Além de serem uma exigência legal para o transporte desse material, essas guias registram dados sobre o comércio e pescarias realizadas por pescadores profissionais artesanais e amadores em MS. "Os dados incluem a quantidade de pescado capturado por espécie, o rio em que ocorreu a pescaria, o número de pescadores que atuaram juntos, o período de pesca, entre outros", diz o pesquisador Agostinho Catella, da Embrapa Pantanal. Esses dados são armazenados pelo Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul (SCPesca/MS), que monitora a atividade na região. "Posteriormente, as informações são utilizadas para estimar as estatísticas da pesca, a fim de produzir informações para subsidiar a gestão da atividade", afirma.
Agostinho conta que a capacitação feita para os policiais abordou as maneiras apropriadas de se preencher as guias e a importância de se fazer isso corretamente. "Nós apresentamos a eles como funciona o sistema, quais são os principais resultados que já obtivemos – valorizando o trabalho da corporação, para que percebam que são uma parte importante do processo – e depois, frisamos como é fundamental o papel da PMA, que consiste não apenas na fiscalização, mas na obtenção de dados para a pesquisa", afirma. "Nessa oportunidade, nós ressaltamos a importância dessa ação em conjunto entre a Embrapa, Imasul e PMA – instituições que têm atribuições diferentes, mas que são complementares para o trabalho do SCPesca/MS", diz a fiscal ambiental do Imasul, Fânia Campos.
A graduanda em Ciências Biológicas Adriana Espinoza, que estuda no Câmpus do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (CPAN – UFMS) e também atua como estagiária na Embrapa Pantanal, foi a responsável pela análise do preenchimento das guias e apresentou essas informações na capacitação. "Nós avaliamos três critérios: se as guias estavam legíveis, se os dados eram consistentes e se estavam completas, isto é, se tinham registradas todas as informações necessárias", diz Adriana. Segundo a estagiária, foram analisadas 1525 guias preenchidas por 130 policiais em 12 locais de vistoria, o que corresponde a cerca de metade das guias emitidas em 2014. Desse total, 95,5% estavam legíveis; 98,4% apresentaram consistência nos dados, sem contradições entre as informações. Porém, mais da metade das guias tinham o preenchimento incompleto: 54,5%.
"As guias foram classificadas como incompletas quando não houve o preenchimento de, pelo menos, uma única informação. Utilizamos um critério bastante rigoroso de avaliação", diz Agostinho. "A informação que mais faltou foi o nome dos "pesqueiros" – o local do rio onde ocorreu a captura", afirma o pesquisador. A conversa com os policiais, de acordo com Adriana, serviu para reforçar a importância de se registrar nas guias, de forma completa, os dados sobre as pescarias durante as vistorias. "As informações que a gente recebe por meio das guias são incorporadas ao SCPesca/MS e subsidiam a análise de dados realizada pela Embrapa e Imasul, gerando os boletins anuais de pesquisa do Sistema. Todas as informações registradas pelos policiais nas GCPs são lidas para que possamos aproveitá-las da melhor forma", diz.
Ciente da importância do preenchimento, o Tenente Vitor Mendes Duarte afirma que acompanha há vários anos os boletins produzidos pelo sistema de controle da pesca. Ele diz que, embora o objetivo principal da PMA durante as vistorias seja a fiscalização, é importante lembrar que esse trabalho contribui para monitorar a atividade no estado. "A gente tem uma missão muito grande, que é a preservação ambiental – principalmente, desses espécimes. Se não houver controle, eles correm o risco de serem dizimados", afirma. "As informações lançadas nessas guias ajudam a verificar a quantidade de peixes nos rios, por exemplo. Foi importante para o nosso pessoal ter contato com a equipe de pesquisa".
No próximo dia 30, quarta-feira, Agostinho e Fânia deverão realizar outra capacitação sobre o preenchimento das guias para a equipe recém-contratada da PMA do MS, durante o Curso de Policiamento Ambiental.
Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC)
Embrapa Pantanal
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