Dia de campo aborda técnicas para cultivo da banana
Dia de campo aborda técnicas para cultivo da banana
Extensionistas participam, entre 22 e 24 de março, de curso sobre aspectos gerais para cultivo da banana. O objetivo do evento é capacitar profissionais da extensão rural para atuarem como multiplicadores de conhecimentos tecnológicos junto a produtores rurais, para incrementar o cultivo da fruta no estado.
O evento, realizado pela Embrapa em parceria com o Governo do Estado, tem a participação de técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Secretaria de Estado de Produção Agrícola (Seap), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre (Emater) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).
A capacitação mostrará as vantagens das variedades Thap Maeo, Japira, Pakovan Ken, Preciosa e Phia Maravilha, bananas resistentes à sigatoka-negra, recomendadas pela Embrapa para plantio no Acre. Os participantes também vão conhecer outras formas de controle de doenças e pragas, além de aspectos do manejo da cultura que vão desde a escolha da área para cultivo até os cuidados na pós-colheita.
O curso faz parte do projeto "Transferência de alternativas tecnológicas para convivência com a sigatoka-negra em bananeira no Estado do Acre", desenvolvido pela Embrapa e instituições parceiras. Segundo o analista Gilberto Costa, coordenador do evento, a atividade também visa atender a uma demanda por novos conhecimentos sobre a cultura, que ocupa cerca de 7,3 mil hectares. "A banana é a principal fruteira cultivada no Acre, e fonte de renda para centenas de agricultores familiares. Levar novos conhecimentos sobre essa cultura é uma forma de contribuir para a manutenção e desenvolvimento dessa cultura", destaca.
Controle da Sigatoka-negra
Considerada a principal doença da cultura da banana, a sigatoka-negra atinge praticamente todas as variedades comerciais, especialmente as bananas pertencentes ao grupo Terra, entre elas a banana comprida, conhecida como banana D'angola. Bastante utilizada em pratos da culinária regional, essa banana é uma das variedades mais produzida no Acre, especialmente nos municípios de Acrelândia e Plácido de Castro, e também a extremamente susceptível à sigatoka-negra, responsável por até 100% de perdas na produção.
Para driblar esse problema, pesquisadores da Embrapa desenvolveram um método de controle que consiste na aplicação de uma pequena quantidade de fungicida na folha da bananeira, que age como uma espécie de "vacina" e protege a planta do fungo causador da doença. O método será apresentado para os extensionistas durante dia de campo, realizado como atividade final do curso, no município de Plácido de Castro.
Agricultores familiares do Acre já adotaram a tecnologia e comemoram aumento de 35% na produção. A experiência iniciada há três anos, em propriedades rurais de Acrelândia e Plácido de Castro, comprovou a eficiência do método. De acordo com Sônia Nogueira, responsável pela pesquisa, em bananas do tipo prata os ataques da sigatoka-negra podem ser contornados com o uso de variedades resistentes, em substituição às bananas comuns, entretanto, para a banana comprida ainda não havia uma tecnologia disponível.
"Os primeiros testes com o novo método revelaram índices de eficiência superiores a 90%. Instalamos Unidades Demonstrativas em diversas propriedades rurais e os resultados chamaram atenção tanto em relação ao nível de sanidade dos cultivos quanto à produtividade. A incidência da doença caiu para menos de 10% das plantas e colhemos cachos com até 40 quilos, três vezes a média de peso obtida em plantios da região", destaca a pesquisadora.
Priscila Viudes (DRT 030/MS)
Embrapa Acre
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