08/04/16 |   Melhoramento genético  Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Produção animal  Produção vegetal  Mercado de Cultivares e Sementes

BRS Estribo de capim-sudão é destaque em evento sobre o mercado de novilhos

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Foto: Manuela Bergamim

Manuela Bergamim - Cerca de 400 pessoas acompanharam a atividade

Cerca de 400 pessoas acompanharam a atividade

 

 

O uso da cultivar de capim-sudão BRS Estribo foi um dos temas de destaque 76ª edição do Fórum Permanente do Agronegócio, intitulado "Para onde irão os novilhos?", realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A cultivar BRS de capim-sudão foi desenvolvida em parceria pela Embrapa Pecuária Sul, a Associação Sul-Brasileira para o Fomento de Pesquisa em Forrageiras (Sulpasto) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O assunto foi tratado no dia 07/04, em uma das estações do dia de campo realizado na Fazenda Santa Margarida, próximo a Bagé, pelo engenheiro agrônomo Gustavo Dutra Moglia, responsável pela propriedade e pelo pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Danilo Sant´Anna, responsável por acompanhar a implantação e manejo dessa forrageira na propriedade onde ocorreu a atividade. Compareceram ao dia de campo cerca de 400 pessoas, dentre estudantes e produtores rurais.

Na explanação de Gustavo Moglia, foram relatadas todas as fases pelas quais passou para a implantação e desenvolvimento do BRS Estribo, comentando sobre as vantagens da produção de verão e outono do capim-sudão, complementando a produção realizada no inverno-primavera com aveia e azevém na mesma área. Desde novembro de 2015, o produtor está trabalhando com a cultivar, em distintos locais da propriedade. Segundo o produtor, foi obtido um ganho de peso individual médio de 1,0 a 1,1 kg pv/dia em novilhos de sobreano e "um ganho por hectare, até a pesagem de 20 dias atrás, de 285 kg pv/ha, considerando o pastoreio realizado desde o início de janeiro de 2016", conta Moglia. Um desempenho mais satisfatório, segundo o proprietário, já que essa forrageira vem possibilitando a terminação e venda para abate de novilhos jovens.

"É importante entender cada forrageira, assim como o BRS Estribo dentro do sistema de produção de cada propriedade no qual ele está inserido. Aqui há três situações diferentes da mesma pastagem e como ela vai evoluindo dentro da lógica do sistema de produção no qual ela foi montada", explica o pesquisador. Algumas áreas estão sendo preparadas para antecipar o ciclo de inverno com a introdução de aveia em plantio direto sem dessecar o sudão e outras, também sem dessecar o sudão, promovendo com adequadas práticas de manejo, o nascimento e desenvolvimento do azevém do banco de sementes do solo. Outras áreas estão priorizando o desenvolvimento do sudão para sustentar a continuidade do pastejo dos novilhos em fase de terminação, a fim de sobrepor os ciclos de verão/outono com o ciclo de inverno/primavera. "Dentro do sistema, portanto, algumas áreas estão sendo manejadas para alongar o ciclo estival e outras para antecipar o ciclo hibernal, mantendo sem interrupções o fornecimento de forragem ao gado mesmo nesse período de transição de ciclos", resume.

Segundo o pesquisador, a lógica usada para essas forrageiras anuais foi procurar antecipar o ciclo de inverno e estender o ciclo de verão para que eles se sobreponham. "Nesta propriedade, o capim-sudão BRS Estribo está entrando para complementar uma produção de forragem que já vinha ocorrendo muito bem no inverno, conduzida pelo engenheiro agrônomo Gustavo Móglia e, com o campo nativo existente na propriedade, completaram uma cadeia forrageira estável e com qualidade 365 dias do ano", explica Sant´Anna. Além disso, segundo Gustavo Moglia, é preciso também caminhar para perenizar áreas de produção de forragem no sistema. "Aqui é o campo nativo que cumpre esse papel, o que confere estabilidade de produção e permite realizar os ajustes necessários dentro do sistema forrageiro montado na propriedade", diz Móglia.

A cultivar BRS Estribo tem características genéticas que foram melhoradas para proporcionar mais massa verde à planta, maior número de rebrotes, além de maior tolerância ao frio. Dessa forma, é possível fazer um ciclo mais longo de utilização, desde a primavera/verão até o final do outono com as primeiras geadas. Isso favorece os pecuaristas das regiões com climas mais frios, que podem semeá-la mais cedo, enquanto as outras forrageiras anuais de verão ainda não dispõem de temperaturas de solo e do ambiente suficientes para germinar e se desenvolver. 

Manuela Bergamim (MTB 1951-ES)
Embrapa Pecuária Sul

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Telefone: 53-3240.4670

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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