Perda pós-colheita será debatida com setor hortícola de Ipatinga
Perda pós-colheita será debatida com setor hortícola de Ipatinga
Nos dias 26 e 27 de abril, será realizado o 2º Seminário do Agronegócio da cidade de Ipatinga, leste do estado de Minas Gerais. Organizado pela prefeitura municipal, o evento pretende fomentar o desenvolvimento das atividades agrícolas da região. A partir do tema "Do campo à mesa", a pesquisadora Milza Lana participa do seminário, voltado para técnicos e agricultores, com palestra e oficina que abordam as boas práticas para a redução de perdas durante a pós-colheita de hortaliças.
"A palestra vai falar sobre as causas e os impactos da perda, mas também sobre o desperdício de alimentos. A proposta será evidenciar que a perda depende das ações de cada elo da cadeia produtiva, mas principalmente da interação entre os elos", assinala Milza ao enumerar os atores que podem promover mudanças: produtores, varejistas, atacadistas, legisladores, entre outros.
De acordo com ela, a palestra e a oficina pretendem mostrar o que a perda de alimentos representa em termos socioeconômicos e ambientais, principalmente para a região de Ipatinga, urbana e industrial, que sofre com a escassez de água e perda da biodiversidade. "Garantir a qualidade do alimento é uma forma de assegurar o aumento do consumo de hortaliças e atuar de forma preventiva em relação à saúde pública", considera.
A pesquisadora lidera o projeto "Comunicação e transferência de tecnologia para redução das perdas pós-colheita e do desperdício de hortaliças do campo à mesa" e vem atuando no mapeamento das principais causas de perda no leste de Minas Gerais, em especial na microrregião do Vale do Aço e na microrregião da cidade de Caratinga, importante polo produtor de hortaliças. "Caratinga é um município que produz uma grande diversidade de espécies de hortaliças, especialmente folhosas e frutos. Ipatinga, por outro lado, é o principal mercado consumidor de hortaliças na região", contextualiza.
Ainda nesse primeiro semestre, serão implantadas seis unidades de validação da Estação de Trabalho - equipamentos como carrinho de transporte, mesa de seleção e unidade de sombreamento, que objetivam reduzir os danos causados às hortaliças após a colheita. "No principal mercado atacadista do Vale do Aço, há uma série de problemas relacionados à comercialização como desorganização e exposição dos alimentos ao sol", ilustra Milza ao ressaltar que o projeto pretende propor tecnologias para solução desses problemas e conquistar novos parceiros para aumentar a conscientização do setor e vencer os desafios de reduzir as perdas e melhorar a qualidade das hortaliças.
Paula Rodrigues (MTB 61.403/SP)
Embrapa Hortaliças
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