Embrapa Meio Ambiente demonstra tecnologia inovadora na Agrishow
Embrapa Meio Ambiente demonstra tecnologia inovadora na Agrishow
A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) realiza demonstrações de uma tecnologia inédita de pulverização, o Sistema Universal de Eletrificação de Gotas, durante a 23ª edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação - Agrishow 2016, considerada uma das principais do mundo e a maior da América Latina, que acontece em Ribeirão Preto, SP.
O sistema universal de eletrificação de gotas para bicos hidráulicos foi licenciado junto à Embrapa pela empresa Magnojet Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas e ainda está em fase de protótipo. O sistema de conversão vai permitir que qualquer pulverizador hidráulico comum passe a operar como eletrostático, desde pulverizadores costais ou tratorizados.
Conforme explicou o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Aldemir Chaim, idealizador do sistema, ele permitirá que a agricultura brasileira se estabeleça em um novo cenário de pulverizações, mais tecnológico e eficiente.
"O sistema universal de eletrificação poderá aumentar os índices de economicidade e eficiência no processo de pulverização, de 30% a 40%, pois promove um aumento considerável nos índices de controle de pragas, diretamente relacionados às deposições mais completas na planta-alvo", disse Chaim.
O objetivo da Magnojet é apresentar a novidade aos produtores e visitantes da feira. De acordo com Eduardo Gonzaga, coordenador técnico da empresa, a programação referente ao novo sistema determina a execução de testes da tecnologia que serão realizados na cultura do algodão, no município de Sorriso, MT, em parceria com o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), um braço tecnológico da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA).
Ele explicou que, além dos testes, também estão programadas outras ações ligadas à engenharia, capazes de determinar o melhor design funcional, além das informações sobre o custo ideal do produto, que permita o acesso pelos pequenos e médios produtores rurais aos benefícios gerados pela tecnologia.
"É uma tecnologia inovadora, que demanda análise e planejamento criterioso. Assim o período de testes será o marco divisor que irá determinar, entre outras questões técnicas, o prazo necessário para os ajustes finais de produção em escala e, consequentemente, o lançamento do sistema no mercado", disse Gonzaga.
Interesse na tecnologia
As demonstrações promovidas por Chaim movimentam o estande da Magnoget no Pavilhão 1 da Agrishow. O público, em sua maioria composto por produtores rurais, manifestaram interesse no uso da tecnologia eletrostática.
É o caso de Noel Canãs, produtor de milho, sorgo e soja em Honduras, na América Central. Ele explicou que as lavouras daquele país também sofrem com ataques de pragas e doenças de forma semelhante ao que ocorre no Brasil.
Um exemplo clássico de ataque é o "complexo da mancha de asfalto" (Phyllachora maydis, Monographella maydis e Coniothyrium hiperparasitos phyllachorae) que atacam o milho.
Conforme Canãs, o controle fitossanitário para essa praga, por meio de pulverização convencional, se mostra bastante ineficiente. "Com o emprego de pulverização com gotas eletrificadas, inferimos que o princípio ativo terá acesso diretamente à região da praga, proporcionado pela melhor cobertura da planta", concluiu ele.
Canãs afirmou que aguardará a disponibilização do Sistema Universal de Eletrificação no mercado brasileiro, uma vez que pretende usar os benefícios da pulverização eletrostática em suas lavouras e, com isso, aumentar a eficiência do controle fitossanitário, combinando a expressiva redução de calda e custos financeiros gerados pela pulverização eletrostática.
Marcos Vicente (MTbE 19.027/MG)
Embrapa Meio Ambiente
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