Melhoramento genético e mercado em discussão no IV Conac
09/06/16
|
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Melhoramento genético e mercado em discussão no IV Conac
Começou na manhã do dia 08 de junho a programação técnica e científica do IV Congresso Nacional de Feijão-caupi (Conac), evento que está acontecendo no Centro Ari José Riedi, em Sorriso, MT. Promovido pela Embrapa, o Congresso conta com 22 expositores e mais de 400 inscritos, entre agricultores, estudantes e profissionais ligados ao agronegócio.
Das 8h às 9h45, a primeira mesa redonda foi voltada ao tema do melhoramento genético do feijão-caupi no Brasil e mundo. E foi justamente o melhoramento genético que permitiu a expansão da cultura para outros estados brasileiros, atravessando a fronteira do Nordeste e do Norte e se enraizando em novas regiões, com destaque para o Mato Grosso.
O moderador do primeiro debate é o pesquisador da Embrapa Meio-Norte (PI), Maurisrael de Moura Rocha e os palestrantes são o pesquisador Francisco Rodrigues Freire Filho, da Embrapa Amazônia Oriental (PA), e o nigeriano Christian Ademola Fatokun, do Instituto Internacional de Agricultura Tropical da Nigéria, que apresenta o mapeamento tanto da produção quanto do consumo do caupi no mundo, com destaque para os países do Oeste da África.
Simultaneamente a esta discussão, teve início a oficina de negócios do evento, em que os participantes debateram o mercado do feijão-caupi. Duas palestras despertaram para o tema, abordando os desafio e oportunidades no mercado de feijão-caupi e também seu potencial no mercado de alimentos.
A primeira temática, abordada pelo pesquisador da Embrapa Produtos e Mercado (DF), Rafael Vivian, mostra que há uma série de nichos que podem ser explorados. "Mesmo com dados da Organização das Nações Unidas que mostram a redução dos índices de pobreza da década de 1990 até 2014, ainda é muito alto o número de pessoas que passam fome, principalmente na África", comenta.
Rafael complementa que o feijão-caupi apresenta altos índices de ferro e zinco quando comparado a outras variedades, o que é uma importante ferramenta para enriquecimento da alimentação, seja para a merenda escolar ou para mercados emergentes, como vegano e o vegetariano.
É justamente este potencial de mercado o tema da palestra de Reinaldo Silva Antônio, representante da empresa Oyá Alimentos, que atua na produção de alimentos semi-prontos, como farinha para acarajé ou o próprio acarajé congelado. Entre os consumidores, hotéis, resorts, restaurantes e bares. "A gente facilita a vida do chef, que ganha tempo no processo de produção de um prato", explica, lembrando que há ainda novas opções de comercialização de produtos alimentares, com destaque para a linha de bem estar, como a venda de alimentos funcionais em lojas especializadas ou mesmo academias.
A partir das palestras, os participantes iniciam debates sobre o tema e, no período da tarde, divididos em grupos de trabalho dedicaram-se à elaboração de um documento para traçar a visão do mercado do feijão-caupi.
Eugênia Ribeiro (com informações de Pauta Pronta Assessoria de Imprensa) (Mtb 1091/PI)
Meio-Norte
Contatos para a imprensa
meionorte.imprensa@embrapa.br
Telefone: 86 - 31980641
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/