27/06/16 |   Agricultura familiar  Produção vegetal  Transferência de Tecnologia

Eventos sobre pipericultura promovem as boas práticas

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa - Pipericultura

Pipericultura

Com o preço da tonelada da pimenta-do-reino a R$ 28 mil, aumenta o número de produtores paraenses interessados em retomar ou iniciar na pipericultura. Esse movimento traz consigo dúvidas técnicas que podem ser solucionadas em eventos programados com representantes da cadeia produtiva, como o desta terça-feira (28) em Castanhal, aberto ao público.
 
Promovido pelo Sindicato Rural de Castanhal, em sua sede no Parque de Exposição Pedro Coelho da Mota, a partir das 8 horas, o "I Encontro da Cadeia Produtiva da Pimenta-do-reino" reunirá sete palestrantes vinculados a diversos segmentos, da pesquisa à produção.
 
Caberá à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, fazer a palestra de abertura, com o pesquisadores Oriel Lemos e Marli Poltronieri, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA), falando sobre produção de mudas sadias. Já a pesquisadora Alessandra Boari apresentará, às 11h20min, as doenças que afetam essa cultura.
 
Da programação constam também palestras de um produtor de pimenta, que compartilhará com o público a sua visão e experiência como pipericultor (às 9h); de um especialista da iniciativa privada ligado a fertilizantes (9h30min); de um especialista em irrigação (10h20) e de um técnico extensionista da Emater-PA (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará), que palestrará sobre tutor vivo (14h).
 
Logo depois da última palestra, a partir das 15 horas, os participantes se dirigirão a uma visita técnica em propriedade particular localizada no município de Terra Alta, para obervação de plantio de pimenta-do-reino com tutor vivo de gliricídia (uma leguminosa) substituindo as estacas de madeira.
 
Boas Práticas
"As práticas recomendadas aumentam a longevidade das plantas, a produtividade e a qualidade da pimenta-do-reino produzida, atendendo aos padrões internacionais", destaca o pesquisador Oriel Lemos, lembrando que os eventos técnicos promovidos pela Embrapa Amazônia Oriental (cursos e dias de campo), com foco na adoção de boas práticas para o cultivo da pimenteira-do-reino, estão agendados para o segundo semestre: em agosto (dias 24 a 26), no município de Baião (terceiro maior produtor no Pará) e, em setembro (28 a 30), em Castanhal.
 
De acordo com o pesquisador, os eventos têm por objetivo socializar práticas agrícolas para o cultivo da pimenteira-do-reino, com apresentação teórica e prática, como a escolha e preparo da área; cultivares; uso de tutor vivo (em vez de estacas de madeira usa-se uma planta viva, no caso gliricídia; produção de mudas; uso do nim para controle da fusariose (controle 100% em mudas); viroses; pragas e doenças; colheita; pós-colheita e armazenamento.
 
Produção
De acordo com o Relatório do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Estado do Pará, de março de 2016, o total da área plantada no Pará corresponde a quase 23 mil hectares (22.936), cerca de 3 mil a mais que em 2015, quando esse total foi de 19.785 ha.
 
Dos 144 municípios paraenses, 79 cultivam pimenta-do-reino. Os maiores produtores são Tomé-açu (3.300 hectares de total de área plantada), Igarapé-açu (1.450 ha), Baião (1.380 ha), Capitão Poço (1.360 ha), Acará (1.300 ha), Mocajuba (1.100 ha) e Garrafão do Norte (1.050 ha).
 
Já a produção é de quase 34 mil toneladas (33.937), sendo que houve aumento de quase 2 mil toneladas em relação a 2015, quando o total foi de quase 32 mil toneladas (31.974). O rendimento médio atual é de 2.174 kg/ha, conforme o documento.
 

Izabel Drulla Brandão (MTb 1084 (PR))
Embrapa Amazônia Oriental

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Mais informações sobre o tema
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