Volume da água empregada no beneficiamento do café pode ter redução de até 76%
Volume da água empregada no beneficiamento do café pode ter redução de até 76%
Foto: Agência de Notícias - Embrapa
Volume da água empregada no beneficiamento do café pode ter redução de até 76%
Com o objetivo de maximizar resultados da produção e da renda, cafeicultores a partir da década de 1980 começaram a fazer uso intensivo da água em tecnologias de processamento via úmida para obtenção do café cereja descascado, cuja qualidade de bebida é superior. No entanto, o uso dessas tecnologias resultou na produção de grande quantidade de água residuária de café que, potencialmente, poderá ser diretamente despejada nos cursos d´água contaminando mananciais e lençóis freáticos.
Assim, para minimizar essa contaminação e reduzir o volume de água empregada no processamento de café via úmida foi desenvolvido um sistema de remoção de resíduos de baixo custo denominado "Sistema de Limpeza de Águas Residuárias" (SLAR), o qual é constituído basicamente de caixas e peneiras que associam os processos de decantação e peneiramento podendo ser construído nas propriedades rurais.
Para tornar pública essa tecnologia, a Embrapa Café, coordenadora do programa de pesquisa do Consórcio Pesquisa Café, acaba de lançar uma Circular Técnica sobre o reúso da água utilizada no processamento de café cereja descascado com o emprego de técnicas de baixo custo. Essa publicação está disponível no site do Consórcio Pesquisa Café e pode ser acessada diretamente pelo hiperlink "SLAR".
Entenda o SLAR
O funcionamento do SLAR tem início quando a água proveniente do processamento de frutos é depositada na primeira caixa de decantação. Os resíduos mais densos que a água acumulam-se no fundo do recipiente, enquanto a água, já mais limpa, passa para a segunda caixa onde o processo é repetido e continuado até a terceira caixa. Ao final desse processo, a água é direcionada às peneiras onde ocorre a filtragem de resíduos de menor densidade do que ela. Após essa etapa, a água está apta para ser reutilizada e é bombeada para o reservatório da Água Residuária do Café (ARC). Esse reúso da água possibilita economia de até 76% do volume utilizado no processamento.
Os resíduos sólidos acumulados nas caixas de decantação poderão ser usados para produção de adubo orgânico, e a água residuária, quando já saturada e sem condições de reúso, poderá ser empregada na fertirrigação.
O SLAR foi desenvolvido pela Embrapa Café, Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural – Incaper e pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig.
Consórcio Pesquisa Café
Congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.
Carolina Costa – MTb 7433/DF e Flávia Bessa - MTb 4469/DF
(61) 3448 – 1927/ 3448 - 1979
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Embrapa Café
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