26/07/16 |   Comunicação

XXI - Ciência para a Vida: Carta ao Leitor - A lenda e o futuro

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Uma lenda do folclore brasileiro abre a matéria de capa desta edição da  XXI – Ciência para a Vida. O Curupira, menino de cabelos vermelhos e pés virados, conhecido por ser o protetor da fauna e da flora, empresta sua figura ao redator para que ele faça uma analogia entre a lenda, a Floresta Amazônica e os cientistas que buscam conhecer o potencial da Amazônia sem comprometer seus recursos naturais. Exemplos desses trabalhos, cujo foco é a sustentabilidade das atividades humanas no bioma, encerram a radiografia da região, guiada, no texto introdutório, pelo ente fantástico.

Tanto na Amazônia quanto nas regiões de montanha, outra abordagem desta edição da   XXI – Ciência para a Vida, pesquisadores percebem, cada vez mais, que a interação entre seus conhecimentos e aqueles que vêm do chamado saber local é imprescindível quando conferir sustentabilidade aos diferentes ecossistemas é o que se deseja.

Dentro dessa premissa, a interação com povos indígenas no primeiro caso tem contribuído para a melhoria e diversificação dos cultivos agrícolas. Já  estratégias de agregação de valor das cadeias produtivas de regiões montanhosas abrem espaço para recomendações de sistemas de produção mais sustentáveis e para a valorização dos conhecimentos tradicionais, até mesmo com o intuito de recuperar a produção em áreas que, como Nova Friburgo (RJ), foram atingidas por tragédias climáticas.

Avanços na fronteira do conhecimento conquistados por meio de modernas técnicas da ciência também preenchem as páginas da edição. Pesquisa inédita silencia gene vital do fungo Sclerotinia sclerotiorum e acende as esperanças de controle do mofo-branco, doença capaz de devastar lavouras inteiras.  Técnicas e instrumentos de caracterização química são aliados importantes dos cientistas dedicados à identificação de compostos químicos em busca daqueles de maior valor agregado. Já a nanotecnologia tem ajudado na busca de um revestimento que torna o ovo resistente a impactos e à contaminação, o que permitirá mais tempo de armazenamento e preservação das propriedades nutritivas do alimento. É a busca por alternativas para beneficiar a agroindústria e a qualidade do produto que vai à mesa do consumidor. Confira esses avanços nas editorias Pesquisa, Cenários e Vida de Laboratório, respectivamente.

Da Amazônia aos laboratórios, estão contempladas as dimensões essenciais de um novo padrão de desenvolvimento que se desenha e que desafia estudos sobre o tempo contemporâneo e sobre o futuro. São dimensões que consideram os aspectos econômicos, sociais e ambientais - o tripé da sustentabilidade - no projeto de desenvolvimento e que posicionam suas bases na ciência, tecnologia e inovação. A bioeconomia, promotora dos processos biológicos e dos biorrecursos, insere-se nesse contexto. Esse é o tema da entrevista com Elaine Coutinho Marcial, coordenadora-geral de Planejamento, Gestão Estratégica e Orçamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A Amazônia volta a ser destaque no fim desta edição, como tema do artigo de Alfredo Homma, da Embrapa Amazônia Oriental. O pesquisador advoga a tese de uma Terceira Natureza, manifestação resultante da integração do conhecimento local com a capacidade tecnológica do nosso país e de um modelo peculiar de produção científica para a região, sustentável e gerador de emprego e renda. O Curupira, com certeza, aprova a tese.

—— Os editores

Secretaria de Comunicação da Embrapa - Secom

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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